Banco de Alimentos é entregue e já tem 27 entidades doadoras

Por - em 461

O Banco de Alimentos do município de João Pessoa, inaugurado na manhã desta terça-feira (18) pelo prefeito Ricardo Coutinho (PSB), já conta com uma lista de 27 entidades doadoras de gêneros alimentícios – supermercados, indústrias, distribuidoras, lojas de conveniências, feiras e empresas do ramo.

O equipamento contabiliza aproximadamente 100 toneladas de feijão que serão distribuídas para 28 entidades receptoras que abrigam pessoas carentes e já estão cadastradas no projeto. A população a ser beneficiada permanentemente com alimentos próprios para o consumo se encontra em situação de insegurança alimentar e nutricional. O Banco de Alimentos está funcionando na avenida Waldemar Naziazeno, 233, no bairro do Geisel (antigo depósito da cervejaria Antarctica).

O projeto faz parte de uma política pública de Segurança Alimentar e Nutricional da Prefeitura de João Pessoa (PMJP), através da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), em parceria com o Governo Federal. De acordo com o prefeito, esse Banco é o quadragésimo no País e se baseia em um modelo canadense. Ele faz parte de uma política pública municipal, mas que segue diretrizes da política de Segurança Alimentar Nacional.

Solidariedade – “O Banco de Alimentos é um projeto de solidariedade e co-responsabilidade. Existe uma grande articulação das entidades doadoras, que contribuem para a eficiência desse projeto. O Banco de Alimentos faz parte da construção de uma política pública alimentar que é desenvolvida como uma ciranda. Se algum elo for rompido, não conseguiremos chegar na ponta”, enfatizou Ricardo Coutinho.

O secretário de Desenvolvimento Social, Alexandre Urquiza, disse que a sensibilização das entidades doadoras é fundamental para o eficiente desenvolvimento do Banco de Alimentos. “Não estamos trabalhando com moeda financeira, mas com a moeda da solidariedade. Precisamos sensibilizar os empresários, distribuidores e comerciantes do setor para que eles doem os alimentos impróprios à comercialização, ou seja, aqueles que estão perto de sair da validade e são retirados das prateleiras. Eles precisam entender que não vão perder o lucro doando esses alimentos, mas sim vão dar chance aos que mais precisam”, exaltou Urquiza.

O objetivo do Banco é coletar alimentos fora dos padrões de comercialização, que não apresentem nenhuma restrição de caráter sanitário, ou seja, ainda próprios para o consumo humano, por meio da articulação do maior número possível de doadores, a fim de minimizar as necessidades básicas da população em situação de vulnerabilidade alimentar e nutricional.

Já o coordenador do ‘Grupo Espírita Ave Luz’ (uma das entidades receptoras), João Irlan de Andrade Lucena, acha o Banco de Alimentos um espetáculo. “Aproximadamente 40 adultos e 30 crianças da Comunidade São Rafael (em frente à sede do Ibama) serão beneficiados com esses alimentos. Essas pessoas são muito carentes e esse projeto veio em boa hora”, disse João Irlan.

Funcionamento – Segundo a coordenadora de Segurança Alimentar da PMJP, Yara Pond, o alimento chega à Sala de Higienização (entrada exclusiva para a recepção de alimentos) e é pesado e higienizado, até mesmo aqueles que vierem dentro de embalagens. Logo depois, os produtos seguem para a sala de cocção e preparo (cozinha). Lá, são executados diversos cardápios já elaborados por uma nutricionista. Nessa cozinha também acontecem algumas aulas práticas dos cursos de capacitação sobre manipulação do alimento e culinária, destinados às mulheres da comunidade e que fazem parte das entidades receptoras cadastradas.

Os alimentos (carnes, frutas, verduras etc.) são devidamente embalados e armazenados em câmaras frias ou em uma sala de estoque para alimentos secos, como arroz, feijão, açúcar etc. As carnes, frutas e verduras serão manipuladas em salas especiais e refrigeradas, que possuem equipamentos como despoupadeiras, freezers e geladeiras. Só depois de todo esse processo, os alimentos serão distribuídos para as comunidades.

Entidades receptoras
– Entre as já cadastradas estão a Associação Comunitária dos Moradores João Paulo II, Instituto dos Cegos da Paraíba, Obras Assistenciais José Grosso, Casa da Vovozinha, Núcleo das Mães do Geisel, Instituto Dom Ulrico, Vila Vicentina Júlia Freire, Pastoral da Criança e Missão Nova Restauração.

Entidades doadoras – Supermercados Bompreço, Leite Vita e Derivados, Nordesa, Camil, Vitarella, Supermercado Cristo Redentor, Supermercados BemMais, Carrefour, Vitamassa, Cia. da Terra, Indústria de Massa IMA, Del Campo Leite e Derivados, Distribuidora Marfim, dentre outras.