Bartô Galeno e Auto Pista trazem o rock e o brega para Festa das Neves

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A quinta noite da Festa das Neves, que acontece nesta quarta-feira (3), no Ponto Cem Réis, traz aos palcos paraibanos o cantor e compositor Bartô Galeno, considerado uma das maiores referências da música popular romântica do Brasil. O show tem inicio às 23h. Antes, a partir das 21h, o público será animado com o pop rock da banda paraibana Auto Pista.

O encontro de cultura popular Brincantes Brasileiros na Paraíba, que é parte da programação da Festa, acontece a partir das 19h, com apresentações do Cavalo Marinho do mestre João do Boi, do bairro dos Novais, seguido do grupo Cambindas de Lucena, a terceira atração é a Ciranda Nova de Odete de Pilar e encerrando a noite, o batuque e a voz inconfundível dos Cirandeiros do Vale do Gramame, numa promoção da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por intermédio da sua Fundação Cultural (Funjope).

Bartô Galeno é natural da cidade de Sousa, no interior da Paraíba e com apenas 10 anos de idade, mudou-se para acidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde passou a cantar na Rádio Rural e participar dos principais festivais de música daquele estado, sempre tendo destaque nestes eventos. O artista promete agitar o público com grandes sucessos da sua carreira, popularizados na sua voz e por ícones da jovem guarda.

O seu primeiro álbum foi lançado em 1975, intitulando ‘Só Lembranças’, já em 1978, o artista lançou ‘No Toca-Fita do Meu Carro’, que tornou-se um dos maiores sucesso da década. Em 1997, Bartô Galeno lançou a coletânea 20 Sucessos, com a participação de Agnaldo Timóteo e no ano de 2009, foi destaque na Virada Cultural na cidade de São Paulo e lançou o álbum ‘Paixão Errante’.

Auto Pista – A banda Auto Pista surgiu em abril de 2005 no circuito musical da noite de João Pessoa e traz para os amantes da música dançante uma mistura de tendências que não deixa ninguém ficar parado. A criação da banda foi idéia do baixista Vladimir Van Dijck, realizando seu desejo de  tocar os hits mais dançantes das décadas de 70, 80, 90 até os dias atuais, explorando principalmente a discoteca, o new wave, a dance e a techno music.

‘Brincantes Brasileiros na Paraíba’ – O encontro nacional de cultura popular que acontece dentro da programação dos 426 anos da Capital apresenta o Cavalo Marinho do Mestre João do Boi, que foi criado em 1967, no Bairro dos Novais, constando inclusive em registro do folclorista Câmara Cascudo. Educador nato, João do Boi nasceu em Bayeux e tem ensinado às crianças o amor à cultura popular, perpetuando os conhecimentos tradicionais do cavalo marinho através de seu espírito brincalhão. A brincadeira representa um auto da morte do boi, onde as crianças dançam ao som de banjo, triângulo, reco e pandeiro e se apresentam figuras como o Mateus, o Birico, a Catirina, a Margarida, a burra, o urubu, o bode e o boi. Gravaram recentemente o CD ‘Cavalo Marinho e Boi de Reis na Paraíba’.

O Cambindas Brilhantes de Lucena é a segunda atração da quinta noite do encontro. O grupo, de expressão cultural muito singular, é constituído por pescadores do município de Lucena.  O folguedo popular é formado apenas por homens, que, vestidos de mulheres, se agrupam em duas alas, uma azul e outra encarnada. A presença da boneca Leopoldina é bastante marcante daquela manifestação, remetendo, para alguns pesquisadores, ao totem do maracatu rural, e à tradição das festas do Rosário, e, para outros, à representação da Princesa Isabel, numa alusão à libertação dos escravos. O saber popular registra uma das várias teorias sobre as primeiras cambindas, que teriam sido criadas na data de 13 de maio de 1888, para comemorar a promulgação da Lei Áurea, quando, embriagados, os negros libertos teriam se vestido de mulher, para comemorar a abolição.

A terceira atração do ‘Brincantes brasileiros na Paraíba’ é a Ciranda Nova de Odete de Pilar, da cidade de Pilar, no interior da Paraíba. Moradora do Sítio Lagoa do Gonçalo, é a força da voz penetrante e inconfundível de Odete que puxa a Ciranda Nova. Segundo ela, começou a brincar coco e ciranda aos dez anos de idade, acompanhando na zabumba seu pai, Zé de Brito, que tocava a caixa. Mãe de 22 filhos, Odete hoje trabalha em um pequeno roçado logo atrás de sua casa. Ela e seu marido administram dois terrenos que arrendaram, onde é cultivado macaxeira e inhame. A Ciranda Nova é composta por amigos seus, moradores de Serventia do Meio, zona urbana de Pilar.

Os Cirandeiros do Vale do Gramame encerram a noite com muita dança e ritmos que surgem das suas zabumbas de corda, caixas e ganzás. O grupo se constitui atualmente como um dos principais responsáveis pela continuidade das tradições do litoral sul pessoense.