Biojoias produzidas por artesãs da Praia da Penha serão expostas em São Paulo
As biojoias confeccionadas pelas artesãs da Praia da Penha, em João Pessoa, em breve irão encantar pessoas de outros estados. É que as peças confeccionadas em cobre e escamas de peixe serão expostas no Craft Design, em São Paulo, no dia 21 de fevereiro. Nesta quinta-feira (29) a primeira-dama da Capital, Maísa Cartaxo, que é madrinha do projeto Mulheres Mil, visitou as artesãs da praia da Penha que estão confeccionando a coleção de biojoias, Sereias da Penha, que foi criada pelo estilista Ronaldo Fraga.
A confecção das peças faz parte da continuidade do projeto Mulheres mil, curso administrado pela Secretaria de Desenvolvimento Social de João Pessoa (Sedes) em parceria com Instituto Federal de Educação (IFPB) e o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que beneficiou 54 mulheres da Praia da Penha para trabalhar com o artesanato de biojoias e que trouxe até João Pessoa o renomado estilista Ronaldo Fraga para realizar oficinas com as artesãs pessoenses.
Na oportunidade, Ronaldo se encantou com o projeto da Capital e disse que a iniciativa tem um lugar especial no atual cenário da moda nacional. “Num mundo com gosto de plástico, a Paraíba tem muitas coisas que só existem aqui, com uma poética muito própria. Eu acho que precisamos de um ajuste, que não é um problema da Paraíba e sim de todo o Brasil, onde isso se repete em todas as regiões. E conseguir entender e projetar isso para o lugar com a sofisticação que ele merece, como o caso do artesanato”, disse.
Conversando com as artesãs e admirando as primeiras peças já acabadas, Maísa Cartaxo lembrou-se dos primeiros dias do projeto, quando as moradoras da Penha tiveram o primeiro contato com o artesanato. Para Maísa, uma grande evolução e uma expectativa de grandes avanços para 2015.
“O projeto deu oportunidade para que elas tivessem uma atividade de trabalho, de forma que estimulasse a criatividade delas. Muitas aqui passaram por muitas dificuldades, com perdas de familiares e poucas oportunidades. Então, elas viram no artesanato uma alternativa para mudar a realidade até então. Estão fazendo peças belíssimas que eu tenho certeza que vão fazer muito sucesso na exposição em São Paulo”, concluiu.
Uma mudança até de vida para a, antes simples moradora, para hoje artesã, como gosta de ser lembrada Célia Silva de Lima Santos. Trabalhando nas peças, ela se diz orgulhosa por fazer parte da coleção de um dos maiores estilistas do Brasil. “Fico até emocionada porque o projeto mudou a minha vida. Fazer peças para a coleção de Ronaldo Fraga é algo inexplicável”, disse.