Caminhada reúne mulheres e alerta para casos de violência
Vestidos de rosa, segurando cartazes, faixas e mãos de papelão com os nomes das servidoras da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), mulheres e homens percorreram, na manhã desta quinta-feira (6), as ruas do Centro de João Pessoa, durante a IV Caminhada das Mulheres da Emlur. Este ano, a atividade realizada em comemoração ao 8 de março, Dia Internacional da Mulher, teve como tema Violência é crime. Denunciar é atitude.
A concentração para a caminhada ocorreu em frente ao Teatro Santa Rosa. Primeiro, os participantes do evento tomaram um café da manhã especial e logo em seguida foram convidados para uma aula de ginástica laboral com a Equipe da Vida Saudável. Depois de alongadas, as pessoas seguiram pelas ruas, embaladas por músicas dedicadas às mulheres, tocadas por um trio elétrico.
Ao longo do percurso, foram transmitidas mensagens que chamavam atenção para a violência contra mulher e para a necessidade de denunciar a agressão. Os participantes ainda ficaram sabendo quais são os locais onde as mulheres vítimas de violência podem procurar ajuda e um pouco mais sobre a Lei Maria Penha (nº 11.340), que aumentou o rigor nas penas para agressões contra a mulher.
No Parque Sólon de Lucena, ponto final da caminhada, os participantes da atividade puderam conferir uma apresentação dos Agentes da Alegria, o grupo de teatro da Emlur. Usando arte e criatividade os atores falaram sobre a agressão contra a mulher e a importância de denunciar a violência sofrida. O grupo ainda usou a encenação para informar um pouco mais sobre a Lei Maria da Penha.
A coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres, Douraci Vieira, que participou da caminhada, destacou a necessidade de as mulheres saírem do anonimato e denunciarem os seus agressores. Ela revelou que desde setembro do ano passado o Centro de Referência da Mulher realizou 301 atendimentos de caso de violência física e psicológica. Ela disse ainda que a Prefeitura Municipal de João Pessoa vem desenvolvendo um plano integrado para a vida dessas mulheres.
A superintendente da Emlur, Laura Farias Gualberto, que também participou da atividade, falou da importância de realizar um evento que chama a atenção para a necessidade de denunciar a violência sofrida pela mulher. Ela lembrou que dentro da Emlur são realizadas palestras constantes sobre o tema. Além disso, nós temos um trabalho voltado para a saúde da mulher, oferecemos atendimento médico e psicológico dentro da nossa sede. Enfim, temos um cuidado todo especial com as nossas servidoras, que ocupam os mais variados cargos dentro da Autarquia e são fundamentais para o trabalho que desenvolvemos em João Pessoa, disse.