Carta aberta às companhias aéreas pede melhorias no Aeroporto Castro Pinto

Por - em 445

Uma carta aberta ao presidentes de oito Companhias Aéreas Nacionais foi entregue na última quarta-feira (24), solicitando ampliação do números de vôos no Aeroporto Castro Pinto, melhor distribuição dos horários de partida e chegada e uma equiparação com as taxas de embarque em João Pessoa em relação às tarifas praticadas no Aeroporto de Recife.

O documento foi elaborado pela Secretaria Executiva de Turismo da Prefeitura de João Pessoa, representantes do Trade Turístico Paraibano, PBTur, Comissão Parlamentar de Turismo, Câmara Municipal de João Pessoa e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A carta foi entregue durante a Feira das Américas (Abav), que acontece no Rio de Janeiro.

A decisão de construir o documento foi tomada pelas entidades durante reunião na semana passada como prefeito Ricardo Coutinho (PSB) e diante das dificuldades que o mercado turístico da cidade de João Pessoa e, em extensão, do Estado da Paraíba, vem enfrentando nos últimos meses em decorrência da crise aérea do País. Os representantes do Trade Turístico se reuniram para uma avaliação do problema e dificuldades e, assim, decidiram elaborar uma carta informativa para destinar aos presidentes de oito Companhias Aéreas

Reivindicações – Na carta, os representantes do Trade paraibano pediram um novo estudo das possibilidades de ter João Pessoa como escala durante vôos mais distantes, nos trechos que passam pelo Nordeste. Para atrair esses vôos para a Paraíba, eles informaram aos presidentes que a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) foi reduzida de 17% para 3% sobre o combustível de aviação, podendo gerar benefícios econômicos relevantes às empresas aéreas.

A carta sugere ainda que a Varig retome seus trabalhos no estado da Paraíba e também apresenta vantagens às novas companhias aéreas que estão em expansão. “Nós mostramos que João Pessoa pode estar na rota do Nordeste e tivemos uma boa receptividade por parte dos gerentes executivos das empresas. Esperamos bons resultados diante desta ação”, comentou o secretário executivo de Turismo, Elzário Junior.

O documento também relata a dificuldade na distribuição dos horários de partidas e chegadas dos vôos, pois há uma concentração, principalmente no turno da madrugada, o que afeta a prestação dos serviços do aeroporto Castro Pinto em função da sobrecarga nesses períodos.

Outro problema diagnosticado relaciona-se com as diferenças de tarifação existentes entre as passagens com embarque em João Pessoa e Recife. Essas diferenças de tarifas, segundo a carta, causaram a diminuição considerável do embarque e desembarque de passageiros que utilizam o Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto. De acordo com a carta, as tarifas praticadas pelo Aeroporto de Recife são muito mais reduzidas, sem uma justificativa adequada para tal.

Informar ainda que a perda de quatro vôos, noticiada no início do mês de outubro, está causando grande impacto na economia local. Entre os mais prejudicados está a população do Estado da Paraíba, grande usuária dos vôos, que acaba perdendo o direito de utilização desses serviços, pois fica à serviço dos poucos vôos ofertados.

Outro setor prejudicado é da captação de eventos, pois um dos principais critérios na seleção dos destinos são as opções de vôos. Sem a oferta de tarifas reduzidas para a cidade, o destino João Pessoa fica pouco competitivo no mercado e com isso prevê-se uma forte queda nesta atividade.

Na Carta, as entidades representativas do Turismo na Capital e na Paraíba informaram informaram a dificuldade que a cidade de João Pessoa está tendo para alavancar programas como o Vai Brasil e Viaja Mais Melhor Idade, por conta de problemas com os vôos para o Estado.