Centro Cultural de Mangabeira recebe exposição de artista plástico Antônio Amorim

Por Max Oliveira - em 1999

O Centro Cultural Tenente Lucena, em Mangabeira, recebe a partir deste sábado (7), às 17h, a exposição do artista plástico pernambucano Antônio Amorim. Intitulada Akáshicos, a mostra, que ficará exposta até o dia 27, reúne 25 obras de tamanhos distintos, que utilizam, em sua maioria, a técnica de pintura manual sobre papel cartão e papel craft. A entrada é gratuita.

Segundo o hinduísmo, os registros akáshicos traduzem um conjunto de conhecimentos que se encontram armazenados no éter, na atmosfera. São ações da alma, seus pensamentos e sentimentos, que estão dispersos no campo eletromagnético do cosmos, do planeta. “O homem moderniza-se permeado de urbanidades. Essa é uma visão geral em que é possível que podemos encontrar na obra de Antônio Amorim”, disse Marcus Alves, curador da exposição.

Já o artista destaca o ineditismo do seu trabalho e aproveita para convidar o público para conferir a exposição. “Espero que o público pessoense goste da exposição. É um trabalho inédito e diferenciado, faz parte do surrealismo contemporâneo”, disse o artista. “A iniciativa de promover essa primeira exposição representa a realização de um sonho e o desejo de avançar no caminho das artes plásticas”, conclui Antônio Amorim, que passou grande parte de sua vida produzindo individualmente, de forma empírica.

Perfil – Antônio Amorim cursou economia e administração na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), viajou pelo Brasil durante os anos de trabalho, quando esteve à frente da área comercial de diversas empresas. Sempre lidou com diversos públicos, e talvez daí tenham vindo a inspiração e a inquietação que culminaram nas pinturas que trazem elementos predominantes  do estilo surrealista, envolvidos em universos abstratos.

Em 2010, começou a esboçar em desenho, os primeiros experimentos de sua obra e, em pouco tempo, passou a pintar em papel cartão. Para ele, é como se fotografasse holograficamente a noosfera e acessasse os registros akáshicos, expressos em cada trabalho que apresenta, com traços que parecem vir do campo de energia dos pensamentos e dos sentimentos humanos, tanto positivos quanto negativos.