César Menotti & Fabiano atraem multidão à orla na abertura do Extremo Cultural
A música sertaneja deu o pontapé inicial do projeto Extremo Cultural, na noite deste sábado (4), com os shows das duplas César Menotti & Fabiano, e Vinícius & Sobral, no Busto de Tamandaré. O evento gratuito acontece todos os fins de semana de janeiro até o primeiro fim de semana de fevereiro, sempre na orla e Ponto de Cem Réis, no Centro. A realização é da Prefeitura de João Pessoa (PMJP), por meio de sua Fundação Cultural (Funjope).
Atraindo uma multidão de cerca de 60 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, a dupla César Menotti & Fabiano foi o ponto alto da noite. O público cantou com os sertanejos canções como “Caso marcado”, “Leilão”, “Como um anjo”, “Mensagem pra ela”, “Ciumenta” e “Não era eu”.
A dupla, que recebeu um Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Romântica, em 2009, disse estar emocionada por participar deste projeto cultural em João Pessoa. “Esta é a primeira vez que estamos na cidade e nos chamou a atenção à alegria dos paraibanos e como João Pessoa é bonita”, destacou César Menotti, que completou: “É uma honra ser recebido com tanto carinho e cantar para este público”.
Vinícius, da dupla Vinícius & Sobral também ressaltou a alegria de tocar pela primeira vez para um grande público. “Agradecemos a Prefeitura de João Pessoa pelo incentivo aos artistas locais e por esta oportunidade única. É uma grande emoção tocar para tanta gente e abrir o show de artistas consagrados nacionalmente como César Menotti & Fabiano”, explicou.
Sucesso de público – De acordo com o diretor executivo da Funjope, Maurício Buriti, o sucesso de público apresentado neste início do projeto Extremo Cultural é uma prévia do que está por vir. “O projeto, cada vez mais, mostra que vem se consagrando como um dos grandes eventos culturais da cidade. Um evento que chama a atenção não só da população pessoense, mas atrai turistas de todo Estado e até do país”, frisou.
O diretor da Funjope lembrou ainda que o Extremo Cultural, além da estrutura de palco no Centro e na praia, aposta em atrações da Cultura Popular, na Feirinha de Tambaú. As apresentações acontecem nos dias 5, 6, 12, 19 e 26 de janeiro e 2 de fevereiro, das 17h às 20h.
Para a estudante universitária Elaine Gomes, a Prefeitura garante diversão e arte a toda população, sem distinção. “O que faz um evento como este ser tão legal é que além da oportunidade de ver os artistas famosos de perto, todo mundo tem acesso aos shows sem ter que pagar nada”, destacou.
A vendedora ambulante Fátima Celeste ressaltou os benefícios que o projeto Extremo cultural trouxe para a cidade e, consequentemente, para os comerciantes. “É por causa de shows como estes que a praia está lotada e as nossas vendas aumentam muito. Nosso desejo é que a Prefeitura invista ainda mais para continuarmos botando comida na mesa dos nossos filhos”, disse.
Abertura da cultura popular – Ciranda, lapinha, cavalo-marinho, embolada, babau, cordel, coco de roda e boi de reis são algumas das atrações da Cultura Popular, na Feirinha de Tambaú. A abertura, neste domingo (5), será com a Ciranda de Vó Mera e seus Netinhos, seguida pelo Boi de Reis Estrela do Norte e fechando com o forró de raiz d’Os Gonzagas.
Ciranda de Vó Mera e seus Netinhos – Vó Mera é um dos expoentes mais carismáticos da cultura popular paraibana. Moradora do bairro do Rangel, ela conta que o primeiro coco do qual participou aconteceu na cidade de Alagoinha (PB). A artista popular se apresenta juntamente com os netos. Eles já têm um CD gravado, “Vó Mera e Seus Netinhos”. O seu nome foi atribuído ao anfiteatro localizado na praça do bairro onde mora.
Boi de Reis Estrela do Norte, com o Mestre Pirralhinho – O grupo foi criado em Bayeux, pelo bisavô do Mestre Pirralhinho, Mestre Lino Ventura, que ensinou a brincadeira ao filho, João do Boi, pai de Pirralhinho. De geração em geração, o folguedo, de origem portuguesa, entrosa filhos, genros, noras, primos e netos.
Inspirado no Boi de Reis do Nordeste, o folguedo do Boi se desdobrou em boi-bumbá ou bumba-meu-boi, e difundiu-se pelo Brasil de acordo com os processos de colonização e povoamento dos estados, mas a sua origem está presa à Idade Média. Insere-se no ciclo natalino, junino ou mesmo carnavalesco e na ampla variedade de suas encenações, o tema da morte e ressurreição do boi emergem seja diretamente, seja de forma alusiva. Em torno desse episódio dramático, agregam-se vários personagens.
Ocorre principalmente no Maranhão, Rio Grande do Norte e na Paraíba. Assemelha-se aos outros festejos por sua estrutura dramática, com a presença de Mateus, Catirina e a sequência de morte e ressurreição do boi. A encenação é comandada por um mestre e contramestre e tem uma parte de maior devoção, com galantes e damas, e uma mais cômica, com numerosos personagens: Mateus, Birico, Catirina, vaqueiros, cavalo marinho, urso, ema, gata, jaraguá, gigante, diabo, Caipora, Baubau, o Morto-Carregando, o Vivo, os papangus e o boi.
Os Gonzagas – Formado por seis jovens, entre irmãos, primos e amigos que tocam juntos desde 2000, Os Gonzagas vão impor um repertório recheado de xotes, marchinhas galopadas, baiões e forrós. A apresentação deste domingo terá canções de Gonzagão, Jackson do Pandeiro, Djavan, Marinês, Dominguinhos e as autorais, como “Deixa o Vento Levar”, “Ah, se eu fosse dois” e “Amor da gota”.
Os Gonzagas procuram apresentar um variado mosaico de ritmos regionais, a exemplo do Maracatu, Coco e Ciranda. São influenciados por nomes como Flávio José, Sivuca, Clã Brasil, Os Três do Nordeste, Pinto do Acordeon e Antônio Barros e Cecéu.
Além dos irmãos Yuri e Luiz Gonzaga, respectivamente na sanfona e guitarra, os Gonzagas tocam com um primo, Daniel Costa (percussão e voz), e quatro amigos, Felipe Alcântara (triângulo e voz), Hugo Leonardo (contrabaixo e voz), Carlos Henrique (sanfona) e Caio Bruno (bateria).