Cimento falta no comércio da Capital e preço varia até 35%

Por - em 1803

Em pesquisa realizada pela equipe do Procon-JP foi constatada uma variação de até 35% no preço cobrado pelo saco de 50kg de cimento na Capital. O menor valor comercializado atualmente no mercado é R$20 e o maior chega a R$27. Entre as marcas do produto a diferença se repete, sendo a de menor valor das marcas Zebu e Brasil.

Os locais que cobram o menor preço entre as lojas pesquisadas são Alves Fernandes (bairro Valentina de Figueiredo) e o Depósito São José (Manaíra). Já o mais caro, que custa R$ 27, foi encontrado no Depósito MC (bairro de Manaíra). “Os fiscais verificaram que houve um aumento grande. Em cerca de um mês o preço passou de R$18 para até R$ 27”, afirmou o coordenador do Procon-JP, Sandro Targino.

Fiscalização – Em virtude de denúncias de consumidores sobre o aumento do preço e a falta do produto no comércio, fiscais do Procon realizaram uma fiscalização. Equipes foram em 25 estabelecimentos e apenas 11 informaram o preço do produto. No entanto, a quantidade de lojas que tinham o produto disponível é ainda menor, pois quatro apenas revelaram o preço, mas informaram que o cimento estava em falta.

Na ação, o Procon de João Pessoa notificou uma fábrica e uma distribuidora de cimento para que expliquem, em até 10 dias, o desabastecimento do produto no mercado da Capital.  Se for constatada alguma irregularidade na comercialização, os administradores das empresas podem ser responsabilizados criminalmente e pagar multas de até R$ 6 milhões.

De acordo com o coordenador do Procon-JP, Sandro Targino, o objetivo da ação é investigar se existe algum acordo entre um grupo de empresas para cobrar mais caro. Foram notificadas a Cimpor e Nassau. “A ideia da nossa ação é justamente fazer com que fábrica e distribuidoras justifiquem o porquê do desabastecimento. Qualquer tipo de acordo para fixação artificial de preço constitui crime contra a ordem econômica. Se ficar comprovado que as empresas utilizaram algum artifício para elevar preço, elas serão penalizadas por prática criminosa de acordo com a Lei 8.137/90, que define crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo”, afirmou.

Segundo ele, com base no Código de Defesa dos Direitos do Consumidor (CDC), será estabelecida a aplicação de multas que variam de R$400 a

R$ 6 milhões.

Consumidor – O porteiro Carlos Alberto da Silva foi um dos consumidores que se sentiram prejudicados com a alta dos preços. Ele mora no bairro dos Novais e disse que foi em várias lojas para comprar cimento, mas quase todas disseram que o produto estava em falta.

“Estou fazendo uma reforma em casa e quando vou comprar cimento não tem. Me senti obrigado a comprar bem mais caro porque só uma loja está vendendo. Isso é um absurdo e, por isso, vim buscar ajuda do Procon”, relatou o porteiro.

Clique aqui para conferir a pesquisa na íntegra.