Cineclube do Casarão 34 exibe ‘A noite americana’, nesta quinta-feira

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O filme ‘A noite americana’, de François Truffaut, estará em cartaz na sessão ‘Alvo Visual: diálogos com a imagem’, do Cineclube Casarão 34, nesta quinta-feira (27). A exibição começa às 19h, seguindo-se um debate com o crítico cinematográfico João Batista Brito.

A sessão ‘Alvo Visual’ é uma promoção da Divisão de Audiovisual da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope). As sessões, onde o convidado indica o filme a ser exibido, fazem uma ligação do cinema com outras linguagens. Nesta oportunidade, o filme em cartaz (lançado em 1973) fala de cinema.

Sinopse – O filme, com 115 minutos de duração, tem origem Ítalo-francesa e é uma mistura dos gêneros drama e comédia, sendo considerado um dos filmes que melhor representa as loucuras que se passam em um set de filmagem. Um ator que fica deprimido porque sua noiva sai com um dublê, uma atriz que se entregou às bebidas e não consegue lembrar de suas falas e muitas outras confusões, que o diretor deve fazer de tudo para contornar, até gravarem uma das cenas mais importantes do filme: a que o dia deve ser transformado em noite artificialmente.

O debatedor – O cinema e a literatura são as áreas de atuação de João Batista de Brito. Atualmente aposentado, o debatedor foi professor de literatura anglo-americana no curso de graduação em Letras da UFPB, e de Teoria do Texto Poético na Pós-graduação. Como crítico cinematográfico, João Batista de Brito atuou nos principais jornais locais, sendo, atualmente, colunista no ‘Correio das Artes’ e em ‘O Norte’, onde escreve exclusivamente sobre cinema.

A bibliografia de sua autoria reflete o diálogo – ou a falta do mesmo – entre literatura e cinema, tendo publicado os livros ‘Poesia e leitura: os percursos do gozo’ (pela Fundação Espaço Cultural – Funesc, em 1989), ‘Signo e imagem em Castro Pinto’ (Editora da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, em 1995), ‘Imagens amadas’ (Ateliê Editorial, 1995), ‘Passou no Bangüê: ensaios de cinema’ (Funesc, 1996), ‘Leituras poéticas’ (Memorial da América Latina, 1997), ‘Um beijo é só um beijo: minicontos para cinéfilos’ (Manufatura, 2002), ‘Literatura no cinema’ (Unimarco, 2006) e ‘De olhos bem abertos – ensaio de crítica cinematográfica’ (em preparação, onde, em 100 ensaios, o autor recobre a produção cinematográfica internacional e brasileira, do cinema mudo ao final do século XX).

Sobre o filme selecionado, João Batista de Brito revela: “A escolha de ‘A Noite Americana’ se deve ao fato de ilustrar, melhor do que qualquer outro filme, o tema da metalinguagem. Nele pode se ver os bastidores de uma produção, com todos os seus problemas, do mais simples ao mais complicado, do mais técnico ao mais humano. Uma verdadeira aula de cinema que, no título, já remete ao fazer cinematográfico, quando a expressão ‘noite americana’ (usada na Europa) designa o processo de se utilizar lentes escuras para, gravando durante o dia, sugerir que é noite”.

Serviço – A Unidade Cultural Casarão 34 fica na Praça Dom Adauto, nº. 06, no Centro da capital. O telefone é 3218-9708.