Clube do Choro e Meire Lima, com tributo a Clara Nunes, são atrações do Sabadinho Bom

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meireEsta edição do dia 28 de março do projeto Sabadinho Bom repassará o legado de compositores brasileiros consagrados traduzidos por um dos mais antigos grupos a defender o gênero, o Clube do Choro da Paraíba. Em seguida, a cantora Meire Lima assume o microfone, desfilando um repertório de homenagens a Clara Nunes, em lembrança aos seus 32 anos de morte. As duas atrações se apresentam das 11h30 às 16h, na Praça Barão do Rio Branco, no Centro Histórico. A realização é da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope).

O programa deste sábado do Clube do Choro terá, entre outras composições, “Doce de Coco” e “Brasileirinho” (Jacob do Bandolim), “Delicado” e “Pedacinhos do Céu” (Waldir Azevedo), e “Carinhoso” e “Naquele Tempo” (Pixinguinha).

O grupo, fundado em 1985, firma-se como um dos mais consolidados na disseminação do estilo. Seus integrantes passaram anos lutando contra as frequentes mudanças de sede, até se estabelecerem em definitivo na Avenida 13 de Maio, ao lado do Hotel Guarany. É para lá que o septeto repassa clássicos de Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Cartola, Waldir Azevedo, Paulinho da Viola e Alcione, liderado pelo carisma de Eunice Dias, que aos 79 anos mantém-se como uma das mais aguerridas do gênero: “Se passo três dias longe do choro, capaz de morrer”, exagera.

Meire Lima – A cantora paraibana dá seguimento ao Sabadinho Bom com um repertório calcado em sambas de roda e bossa nova, no show ‘Se é Samba que Eles Querem, Eu Tenho’. Desta vez, ela homenageia uma de suas inspirações, a sambista Clara Nunes, com composições que ficaram marcadas na sua voz, como “Um Ser de Luz” (Paulo César Pinheiro/João Nogueira/Mauro Duarte), “Juízo Final” (Nelson Cavaquinho/Elcio Soares), “Alvorada no Morro” (Carlos Cachaça/Cartola/Hermínio Bello de Carvalho) e “Água de Beber” (Vinicius de Moraes/Tom Jobim).meire2

Outras joias são “Samba do Grande Amor” (Chico Buarque), “Volta por Cima” (Paulo Vanzolini), “A Flor e o Espinho” (Guilherme de Brito/Nelson Cavaquinho), “Tristeza Pé no Chão” (Armando Fernandes), “Acalanto” (Dorival Caymmi) e “Estrela Miúda” (João do Vale/Luiz Vieira). “Clara foi uma inspiração na minha vida, como mulher, guerreira, cantora e na espiritualidade que expressava”, afirma Meire Lima.

Natural de Itabaiana (PB), Meire mora em João Pessoa há 31 anos e canta há 15. Trabalha com as tradições nordestinas, como o forró, desde 2002. Agora se prepara para lançar dois álbuns: um só de xote, galope e baião, com composições de Bebé de Natércio, Chico Bezerra e Maciel Melo, e outro recheado de canções, também assinadas por Bebé.