Clube do Choro e Tânia Gomes são atrações do fim de semana do Sabadinho Bom
Dina Melo
A edição deste dia 7 do projeto Sabadinho Bom trará um encontro de gerações entre a cantora paraibana Tânia Gomes e os veteranos do Clube do Choro – com 30 anos acumulados de mergulho no celeiro da velha guarda e dos bons nomes do gênero.
Ambas as apresentações vão reviver as autênticas rodas de chorinho e explorar as particularidades do samba-raiz, de terreiro, de breque, de roda, rasgado, partido-alto e afins, a partir das 11h30, na Praça Rio Branco do Centro Histórico, numa promoção da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope).
Clube do Choro – Fundado em 1985, o Clube do Choro firma-se como um dos grupos remanescentes mais consolidados e dedicados à disseminação do estilo – título pelo qual se orgulha. Seus integrantes lutaram por muitos anos contra as adversidades das mudanças de sede que, por vezes, roubavam-lhes o ânimo de seguir tocando.
Comandado pela vocalista Eunice Dias, o Clube hoje tem sede fixa na Avenida 13 de Maio, no Centro, uma casa de número 690, ao lado do Hotel Guarany, que serve de segunda parada para os amantes do chorinho pós-Sabadinho.
É na praça que os músicos vão repassar clássicos de Waldir Azevedo, Pixinguinha, Jacob do Bandolim “e o que mais a plateia pedir”, segundo dona Eunice. “Lamentos” (Pixinguinha), “Carinhoso” (Pixinguinha/João de Barro), “Sossego” (Tim Maia), “Flor Amorosa” (Joaquim Antonio da Silva Callado/Catulo da Paixão Cearense), “Pedacinho do Céu”, “Carioquinha” e “Delicado” (Waldir Azevedo) e “Doce de Coco” (Jacob do Bandolim) são alguns.
Tânia Gomes – Com o show ‘Deixa o Samba me Levar’, Tânia Gomes faz a sua estreia no Sabadinho apostando em bons e velhos sambas e releituras de sucessos atuais.
Clássicos, como “Naquela Mesa” (Sérgio Bittencourt), “Juízo Final” (Fábio Magalhães), “Deixa a Vida me Levar” (Serginho Meriti), “Velocidade da Luz” (Clovis Baiano), “Mulheres” (Toninho Gerares), “Garota de Ipanema” (Vinicius de Moraes/Tom Jobim), “Samba de uma Nota Só” (Tom Jobim), “Retalhos de Cetim” (Benito di Paula) e as autorais “Drama” “No Iraque, Não” e “A Seda do seu Cobertor”, estão no repertório.
Tânia canta desde 1989. Participou da Absurdos, uma banda composta só por mulheres, e hoje retoma a proposta feminina com o CD ‘Batom Vermelho’, ao lado da roqueira Nik Fernandes, também sua produtora.