Com vocação para os esportes radicais, João Pessoa fica ainda mais atrativa durante o verão

Max Oliveira

 

Cidade do sol e dos esportes ao ar livre – uma combinação que a população de João Pessoa está acostumada a aproveitar durante o verão. E um cenário praticamente perfeito para isso é a orla das praias do Cabo Branco e Tambaú, onde as belezas naturais e os espaços públicos são atrativos que seduzem atletas amadores e adeptos dos esportes radicais.

É o caso de Tatá Homsi, instrutor de paramotor, modalidade ainda pouco conhecida, mas que já se mistura com a paisagem da orla da Capital. Com ventos propícios para decolagens e passeios aéreos, o paulista que adotou João Pessoa há 16 anos diz que a cidade é praticamente a capital dos esportes radicais.

“Além do paramotor tem o parapente, o kitesurf e stand up que são esportes diferenciados e que estão crescendo muito na cidade. O clima e as condições de vento são propícios demais para serem praticados na orla. Sem contar as belezas naturais. Por tudo isso, João Pessoa é, de fato, um lugar ideal para quem curte a adrenalina dos esportes radicais”, afirma.

O paramotor é um equipamento de voo com motorização auxiliar, composto por uma asa denominada parapente, que não contém elementos rígidos em sua estrutura e cujo comando se realiza através de controle aerodinâmico. “No verão é ainda mais legal de voar e nem é tão difícil. O iniciante passa por 15 horas de aula e já tem condições de praticar”, explicou Tatá Homsi.

Além das atrações naturais, a orla de João Pessoa conta com infraestrutura em seus espaços urbanos, que também oferecem ótimas condições para a pratica esportiva. A ciclovia, por exemplo, atrai adeptos do skate, patins e bicicleta. A regra da boa convivência é o que prevalece no local, com respeito ao espaço do outro. Os amigos Michel Silvestre e Júlia da Nóbrega utilizam o espaço diariamente para treinos e passeios no ciclismo.

“Já participei de provas em vários lugares do mundo, e quanto mais eu viajo mais eu gosto de João Pessoa. A cidade relaciona muito bem o esporte com espaço público, como essa ciclovia, onde a gente pode curtir a cidade e ao mesmo tempo treinar com segurança”, afirma o atleta que se prepara para disputar no próximo ano a Volta da França na modalidade amador.

O aspecto da segurança também é destacado pela sua colega de esporte. Júlia da Nóbrega lembra da medida adotada pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), que diariamente realiza interdição da via, das 5h às 8h, para que a população tenha acesso a prática de esportes e caminhada.

“Eu pratico ciclismo há muito tempo e conheço bem como é que funciona em outras capitais do Nordeste, como Recife e Fortaleza, por exemplo. Não tem essa preocupação. Nossa orla, além de bonita, é ótima e segura para cuidar da saúde e praticar esporte com segurança”, afirmou.

É nos finais de tarde, já início da noite, que pai e filho cumprem uma jornada praticamente sagrada: andar de patins. “Um rolê, corrige Adrian Rodrigues, de 11 anos, sendo três deles dedicados ao patins, influência do pai, Adriano Rodrigues, 45 anos.

“É aqui que eu alivio meu estresse e curto momentos maravilhosos na companhia do meu filho”, disse o pernambucano radicado há seis anos em João Pessoa. “Me sinto pessoense porque é uma cidade que tem boa qualidade de vida e vocação para os esportes”, concluiu.

Caminhando, pai e filho vão pra casa, no bairro de Tambauzinho, mas prometendo voltar no dia seguinte para mais uma jornada de patins e muita fraternidade, para aproveitar o que de melhor a cidade tem a oferecer as pessoas: qualidade de vida.