Comunidade se sente mais segura com a implantação da Ronda Escolar

Um mês depois da implantação da Ronda Escolar nas escolas, a comunidade já se sente bem mais segura. Foi o que constatou a Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb), após ouvir pais, alunos, professores e diretores de escolas beneficiadas com o projeto piloto que promove segurança por meio da prevenção à violência.

As escolas beneficiadas no projeto piloto estão localizadas em áreas de vulnerabilidade social. Uma delas é a Escola Municipal Tharcilla Barbosa da Franca, situada no bairro do Grotão, que atende 700 alunos do 6º ao 9º ano e também da Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Inicialmente, 12 escolas de João Pessoa estão sendo contempladas com a Ronda Escolar, mas a intenção da Prefeitura é estender o trabalho para os outros 83 colégios da rede municipal até o final do ano”, afirmou o secretário da Semusb, Geraldo Amorim.

Iniciado no dia nove de julho, o projeto consiste em fazer a segurança preventiva nas escolas da Capital por meio de rondas realizadas diariamente por equipes da Guarda Municipal que interagem com a comunidade escolar e inibem qualquer tipo de delito.

Os guardas, devidamente capacitados para o trabalho, se apresentam nas escolas, orientam os estudantes, se informam com a direção quanto a alguma eventualidade, interferem quando necessário e ainda participam de projetos da instituição de ensino. “A nossa presença impõe ordem e respeito no local”, disse o guarda civil Everaldo Crispim, comentando que a Ronda Escolar interferiu em alguns hábitos. “Eles diminuíram o xingamento entre os colegas e deixaram de jogar lixo na sala de aula”, concluiu o guarda, orgulhoso do resultado do trabalho.

Prevenção à violência – De acordo com a diretora da Escola Tharcilla Barbosa, Kadydja Menezes, a presença dos guardas civis na escola enalteceu a prevenção à violência. “É importante principalmente por estarmos situados numa área de risco que apresenta todo tipo de violência. A Ronda Escolar diminui os riscos e garante a proteção integral prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente”, frisou.

O trabalho efetuado nas escolas acaba se estendendo à comunidade em geral. Segundo o estudante Hebert Rian, do 8º ano, a segurança no local melhorou bastante após a Ronda Escolar. “Fora da escola ficavam alguns indivíduos estranhos”. A informação de Hebert foi confirmada por Noé Gerôncio, pai de uma aluna. “Antes não se podia deixar o portão aberto. A Ronda foi uma boa ideia porque inibe qualquer bagunça. Ela mudou até o comportamento dos próprios alunos. Eu como pai me sinto muito mais tranquilo”, afirmou.

No Alto do Mateus a opinião é a mesma. Segundo a diretora Vitória Régia, da Escola Municipal Severino Patrício, situada naquele bairro e na qual mais de 400 alunos são beneficiados com a Ronda, é possível sentir a diferença quanto a essa prevenção. “O trabalho da ronda é contínuo, sistematizado, educativo. Como não se configurou como repressão, os alunos já se familiarizaram com os guardas e sabem que eles estão aqui para ajudar. Os pais também estão gostando”.

A mudança de comportamento dos estudantes após a Ronda Escolar é notória entre os profissionais da Guarda que estão satisfeitos com o projeto. “Existe uma mudança grande. Grupinhos que antes ficavam bagunçando na frente das escolas já não ficam mais”, afirmou a guarda Ineide Targino, da Equipe Bravo, que faz a ronda em quatro das escolas participantes.