Comunidades quilombolas visitam exposição fotográfica neste domingo

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Dez comunidades quilombolas visitam neste domingo (1º), a partir das 10h30, a exposição “A Costa do Ouro: Mina de Escravos”, do fotógrafo italiano Alberto Banal, aberta no início deste mês no segundo pavimento da Torre Mirante da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes.

Além da visita, os quilombolas participam de várias atividades culturais na Estação Cabo Branco durante todo o dia. A primeira delas é o encontro das comunidades com os estudantes africanos que fazem intercâmbio na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Às 10h45, do grupo de ciranda e da dança afro Caiana dos Crioulos se apresenta no anfiteatro. E às 11h30 os visitantes assistem à projeção do documentário “Meu nome é ninguém”. A exibição será seguida de um debate com os integrantes da Associação de Apoio aos Assentamentos e Comunidades Afro-Descentes da Paraíba, da Comissão Estadual das Comunidades Negras e Quilombolas da Paraíba, da Casa de Leitura e do Coletivo Fotógrafo de Rua.

Segundo Alberto Banal, estão confirmadas a vinda de 120 quilombolas das comunidades de Matias, Grilo, Pedra D´Água, Bonfim, Caiana dos Crioulos, Matão, Mituaçú, Ipiranga, Gurigi e Paratibe. Estas comunidades no ano passado deram o primeiro passo no processo de regularização de suas terras pelo Incra e foram reconhecidos como remanescentes dos quilombolas.

Visita – A visita propriamente dita à exposição “A Costa do Ouro” (que estará aberta para visitação pública até o dia 8 de maio) acontece depois do alomoço. A mostra consiste de 17 painéis com imagens de tamanhos variados, que conta um pouco da história da república de Gana, localizado na África ocidental.

O projeto é fruto de uma viagem feita pelo fotógrafo a Gana, anteriormente conhecida por “Costa do Ouro”, um dos mais antigos centros de comércio de escravos para as Américas. A Costa do Ouro conserva intactos, ao longo dos 500 quilômetros de costa, 15 castelos e fortes que pertenceram a Portugal, Holanda, Inglaterra, Dinamarca, Suécia, Bandeburgo e França. Os castelos hoje são reconhecidos como patrimônio da humanidade pela Unesco.