Conselheiras, lideranças e funcionárias do OP discutem violência contra as mulheres

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seppm_capacitacao_drt_foto_rafaelqueiroz (21)Conselheiras regionais, lideranças comunitárias e funcionárias da Secretaria Executiva do Orçamento Participativo (OP) participaram de um processo de formação, na tarde desta quinta-feira (21), no auditório da sede do Ministério do Trabalho e Emprego, no Centro da Capital. Na pauta, reflexões e troca de experiências sobre temáticas como a violência, relações de gênero, conceitos culturais e como essas questões estão inseridas no comportamento do dia a dia de cada cidadão.

A atividade faz parte das ações relativas ao mês de mobilização pelo fim da violência contra a mulher, que traz como lema “Violência Contra a Mulher – Juntos Virando esta Página”. Este foi o segundo encontro promovido pela Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM), em parceria com o OP, para discutir a temática.

Na oportunidade, algumas participantes expuseram casos de violência doméstica vivenciados por elas ou por pessoas de seu convívio, além de debater ideias, conceitos sobre gênero e também relativos a problemática que envolve a questão da violência contra as mulheres.

“O objetivo foi sensibilizar as mulheres, dar conhecimento sobre como ocorre esse processo da violência e quais são os serviços acessíveis de enfrentamento a violência que elas podem recorrer”, explicou Vera Rodrigues, coordenadora de Enfrentamento à Violência da SEPPM. “Essas mulheres são lideranças comunitárias, portanto, mesmo que elas não sejam vítimas de algum ato de violência, elas estão nas comunidades e podem ajudar as possíveis vítimas a encontrar uma solução para este problema”, continuou.

A assessora técnica do OP, Paula Teixeira, afirmou que a formação foi uma forma eficaz para se difundir as ferramentas de apoio e ao enfrentamento à violência contra a mulher. “Este é apenas o começo de outras discussões que ainda estão por vir para discutir uma temática tão importante. Tenho a certeza de que essas mulheres sairão daqui mais corajosas, com uma visão diferente do que é ser mulher e conhecedoras de ferramentas importantes, a exemplo da Lei Maria da Penha, entre tantas outras”, comentou.

A conselheira municipal da primeira Região de Participação Popular e presidente da Associação Comunitária Bessa Vivo, Lúcia Sá, aprovou o processo de formação, mas ponderou que essas discussões devem ser expandidas para as 14 Regiões do OP.

“É muito importante essa discussão, mas essa orientação precisa ser realizada diretamente nas comunidades, em cada região, pois, assim reuniríamos muito mais pessoas, tanto a mulher, como o homem, o idoso. Enfim, são nas comunidades onde registramos o maior número de casos de violência”, disse Lúcia Sá.

Renata Diniz, conselheira municipal da sétima região, afirmou que a formação proporcionou uma maior interação entre as conselheiras e lideranças comunitárias. “Foram discussões importantes, principalmente, porque proporcionou dinâmicas de grupo onde as pessoas puderam expressar sentimentos e até citar casos que ocorreram em seu cotidiano. Além disso, as participantes conheceram as ferramentas que têm a seu favor para o enfrentamento da violência. As mulheres se mostram forte, mas são sensíveis e precisam de momentos como esse, em que uma edifica e ajuda a outra”.