Coordenadoria de Promoção à Cidadania LGBT apresenta projeto em evento nacional

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Eliabe Castor

 

‘Identificando experiências inovadoras de atendimento integral à população LGBT na atenção básica: A USB Alto do Céu I, João Pessoa (PB)’. Este será o trabalho a ser apresentado no 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, pela Coordenadoria de Promoção à Cidadania LGBT da Capital. O evento, que será realizado entre os dias 28 de julho e primeiro de agosto, em Goiânia, terá a participação de pesquisadores, docentes, estudantes, técnicos, gestores, profissionais e militantes que atuam na área afim.

Segundo Roberto Maia, que está à frente da Coordenadoria em João Pessoa e irá apresentar, de forma oral, o trabalho nesta quarta-feira (29), o evento é importante para discutir os projetos de saúde coletiva que estão sendo realizados no país e ter acesso às novas informações entre os participantes. Na Capital, o órgão tem como parceiros as Universidades Federais da Paraíba e Brasília, além do Ministério da Saúde. “Nós discutimos com o público LGBT assuntos como crimes homofóbicos, direitos sociais, exclusão social e todas as políticas publicas do município voltadas a esse segmento da população”, declarou, informando que as atividades foram iniciadas há dois anos na comunidade Alto do Céu, em Mandacaru.

Roberto Maia deu mais detalhes sobre a formatação do trabalho que será apresentado durante o evento em Goiânia, relatando que a demanda foi iniciada a partir de “uma dúvida surgida quando uma mulher transexual foi dialogar sobre hormonioterapia com o enfermeiro da unidade de saúde e, nesse momento, surgiu a necessidade da própria comunidade se reunir sistematicamente com a equipe de Saúde da Família (Alto do Céu I) para dar resolutividade a várias demandas LGBTs que estavam surgindo na comunidade”, disse.

Ele relatou ainda que o projeto tomou corpo e, hoje, está sendo desenvolvido em várias comunidades de João Pessoa, como os existentes nos bairros de Mangabeira, Roger e Costa e Silva. “Estamos realizando oficinas e rodas de diálogo com grupos LGBT de diversas comunidades para que possamos fortalecer o acesso e qualidade integral à população LGBT no Sistema Único de Saúde”. Como inclusão social, o coordenador citou a parceria com o Sine-JP, que está capacitando travestis para o mercado de trabalho, dando opções para que esse público não busque a prostituição.