Coordenadoria LGBT realiza feira de serviços, seminário e lança site
Mônica Melo
No dia 29 de janeiro comemora-se em todo o Brasil o Dia da Visibilidade Trans. A data serve como referência na luta pelos direitos humanos, respeito à identidade de gênero e o direito à vida sem preconceito e discriminação. Em João Pessoa, a Coordenadoria Municipal de Promoção à Cidadania LGBT e da Igualdade Racial preparou uma programação diversificada para marcar a passagem da data.
Durante todo o turno da manhã funcionará no Paço Municipal, uma feira de serviços dedicada exclusivamente ao público LGBT. A feira incluirá ações como inscrição no Programa Minha Casa, Minha Vida, retirada do cartão da Bolsa família com nome social e cadastramento no Sine municipal.
O assessor técnico da Coordenadoria Municipal de Promoção à cidadania LGBT e da Igualdade Racial, Diego Rodrigues, explica que a população brasileira de travestis e transexuais tem grande dificuldade de acesso à educação, ao trabalho e à saúde, por isso é importante saber quais são os seus direitos e como acessá-los. “Todos os serviços oferecidos para essa população por todas as secretarias municipais serão centralizados nesse dia”, esclarece Diego Rodrigues.
Na ocasião, também ocorrerá um seminário e o lançamento do site JP Sem Homofobia. O site servirá para divulgar as ações realizadas e serviços oferecidos para essa população, além de ser um espaço para denúncias de violação de direitos. “Percebemos que a população LGBT não tem o hábito procurar informações sobre direitos e serviços diretamente na página da Prefeitura, então um site especifíco irá facilitar os acessos”.
Em relação às denúncias feitas através do site, elas serão primeiramente analisadas e encaminhadas. Caso não seja possível a própria coordenadoria resolver, as denúncias serão levadas aos órgãos competentes.
Ainda dentro da programação do dia, o bloco Anjo Azul desfilará trazendo o tema da transexualidade para à avenida.
Dados do último Relatório de Violência Homofóbica publicado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República indicam que a população trans vem sendo a mais violada e violentada entre a população LGBT no país. Grupos de travestis e transexuais ainda são os mais suscetíveis diariamente à violência, expressa através de injúrias, agressões físicas e psicológicas e algumas vezes chegando ao extremo de assassinatos.