Debate sobre falésia do Cabo Branco chegará à sociedade

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A sociedade civil será convidada a discutir de forma ampla os Estudos da Dinâmica Costeira, que vão resultar em um projeto de proteção à falésia do Cabo Branco. A Prefeitura de João Pessoa (PMJP), por sua Secretaria de Meio Ambiente (Semam), está programando essas discussões sobre o assunto. As informações são do secretário Simão Almeida, que nesta segunda-feira (9) esteve visitando o local, percorrendo desde a Praça de Iemanjá no Cabo Branco até a Praça do Sol Nascente, na Ponta do Seixas.

As pesquisas em busca de uma solução eficaz para o problema começaram em agosto de 2007, a partir de um convênio da PMJP e o Ministério de Integração Nacional (MIN) e que envolve profissionais das universidades Federal da Paraíba (UFPB), Pernambuco (UFPE), Ceará (UFCE), Rio Grande do Sul (UFRS) e Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), através de sua Fundação Apolônio Salles.

O professor da UFPB, Ricardo Rosas, biólogo que coordena o grupo de trabalho das pesquisas biológicas, afirmou na ocasião da inspeção, que embora os estudos ainda não estejam concluídos, foi registrada uma grande diversidade de espécies vegetais e marinhas naquela área, e isso vai exigir a elaboração de um projeto que contemple a proteção à biodiversidade.

Diagnósticos – No primeiro ano de trabalho, foram traçados os diagnósticos dos meios físicos marinho e continental, além de um diagnóstico sócio-ambiental e cultural da área. Esses documentos registram, entre outros dados, o movimento das correntes marinhas, profundidade das águas, altura das ondas e ação dos ventos, elementos que definem o deslocamento da linha da costa, ou seja, o avanço do mar. Os estudos comprovam também a grande diversidade da biota marinha na área, sendo registrado o aparecimento de novas espécies da fauna e flora.

Concluída esta etapa, prevista para o próximo mês de maio, um programa avançado de informática vai permitir a modelagem matemática, isto é, que o resultado desse levantamento seja trabalhado em computador como se fosse um simulador de soluções, a partir do qual vai se chegar ao projeto mais adequado de proteção à falésia. É nessa etapa que a PMJP pretende debater a aplicação do projeto com entidades ligadas à ecologia. A execução só começa depois da Licença Prévia fornecida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).