Do erudito ao popular, Festival encanta os pessoenses nesta quarta-feira
Olhares atentos. Silêncio. O ritmo e a melodia das músicas são acompanhados por pequenos gestos. Em seguida, uma apoteose de aplausos. A simbiose entre público e músicos é a grande marca do II Festival Internacional de Musica Clássica de João Pessoa. O evento é uma realização da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio de sua Fundação Cultural (Funjope).
Nesta quarta feira (03) as igrejas São Bento e 1° Igreja Batista, ambas no centro da Capital, sediaram mais uma tarde musical com apresentação de músicos internacionais e locais. O público mais uma vez foi o ponto alto do evento. Centenas de pessoas de várias faixas etárias e preferências musicais estiveram reunidas em torno da música clássica. Essa diversidade, aliás, já é uma marca do festival, que há quatro dias vêm proporcionando concertos musicais gratuitos para os pessoenses em igrejas e pontos históricos da Capital.
A Igreja de São Bento ficou lotada para acompanhar a apresentação dos músicos Asi Mathias (Israel), Ana Chamorro e Paulo Gazzaneo do Brasil. O trio formado (violino, violoncelo e piano, respectivamente) tocou clássicos de gênios da musica erudita internacional, como Beethoven e Piazzollla. Uma experiência diferente e inesquecível para 45 alunos da Escola Municipal Santos Dumont – convidados especiais para a tarde musical – como destaca a diretora da escola, Maria da Glória.
“Conhecer a música clássica, apreciar e valorizar. Acredito que para os alunos é uma experiência única. Sair do espaço escolar e vir para um local histórico como a Igreja São Bento e acompanhar um concerto de música clássica é algo que acrescenta culturalmente na vida deles”, afirmou.
A tarde musical se estendeu até a 1° Igreja Batista, onde aconteceu a apresentação do Quinteto da Paraíba (João Pessoa). Formado pelos músicos Yerkp Tabilo (1° violino); Caio Freire (2° violino); Ronedilke Dantas (Viola); Nilson Galvão Jr (violoncelo) e Xisto Medeiros (contrabaixo), o grupo já esta com mais de 25 anos de atividade.
O repertório reuniu composições do erudito ao popular. Destaque para interpretações de clássicos do rei do Baião, Luiz Gonzaga, como Vozes da Seca, Algodão e Que nem Jiló. No final o grupo foi saudado com entusiasmo pelo público em mais uma tarde musical do Festival Internacional de Musica Clássica de João Pessoa, na 1° Igreja Batista.
“Acompanho a programação desde o ano passado e acho que o festival é um presente para o povo de João Pessoa, principalmente para as pessoas que nunca tiveram a oportunidade de ver de perto músicos consagrados de vários países”, disse a professora Rosangela Palitot, de 57 anos.