Eddie e Cabruêra empolgam na 3ª noite da Festa das Neves

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A terceira noite de comemoração da Festa das Neves foi marcada por muita cultura popular, música de qualidade e diversidade de ritmos nos shows realizados na noite desta segunda-feira (1º) no Ponto de Cem Réis. A noite foi iniciada com o ‘Brincantes Brasileiros na Paraíba’, reunindo o Coco do Galo Preto, de Pernambuco, além das manifestações paraibanas Babau do Mestre Clébio, Lapinha São Sebastião e Coco do Mestre Benedito. Logo depois veio a banda paraibana Cabruêra e encerrando com os pernambucanos do Eddie.

Os paraibanos não decepcionaram seus fãs e literalmente pôs a ‘galera’ pra dançar Ciranda e fez uma verdadeira ‘apoteose’ de ritmos, unindo o: pop music, o punk, o afrodite, o reggae com uma linguagem regional, se inspirando em gêneros como o forró e o xote, com uma base musical conceituada na realidade musical local.

“É fundamental modernizar e não esquecer as raízes”, definiu o baixista da Cabruêra Edy Gonzaga.

Com quase 15 anos de estrada, a banda Cabruêra empolgou o grande público presente com um repertório diversificado nos últimos quatros álbuns lançado em toda a carreira. “O show foi especial, pois sempre estamos com trabalhos novos e tocar num evento de graça e na rua, sem descriminação a classes sociais, é muito marcante”, definiu o vocalista do grupo Arthur Pessoa.

O coordenador da Funjope,  Milton Dornelas disse que a preocupação é atender a diversidade de gêneros musicais na Festa das Neves. “Temos em nossa programação o clássico, o brega com o Bartô Galeno, o público jovem com as bandas Eddie e Cabruêra e vamos passar pelo erudito com a Orquestra de Câmara de João Pessoa com a Zélia Duncan. Temos uma diversidade de expressões, pois a sociedade é múltipla”, pontuou.

Com um repertório repleto de sucessos emplacados por grandes artistas de renome nacional, a banda pernambucana Eddie encerrou a terceira noite da Festa das Neves com uma apresentação impecável e que empolgou os presentes.

Ao som de músicas como: ‘Quando a maré encher’, hit emplacado por Cássia Eller e a composição própria ‘Pode me chamar’ música que foi premiada nacionalmente e Vida Boa um frevo pernambucano.

“João Pessoa é muito parecida com Recife e me sinto em casa, no show rolou uma sintonia muito legal”, comemorou o fundador e líder do grupo Fábio Trummer.

Pregando a temática da Música Brasileira Independente Contemporânea, a banda pernambucana Eddie tocou na Festa das Neves ritmos diversos como rock, frevo, samba e afoxé. “É uma grande mistura”, definiu o baixista

A banda pernambucana Eddie é composta por: Fabio Trummer (guitarra e vocal), Bob Meira (baixo), Kiko Meira (bateria), Alexandre Ureia (percussão e voz), André Oliveira (trompete) e Alex (trombone).

‘Brincantes Brasileiros na Paraíba’: O festival pioneiro na Paraíba foi iniciado com uma bem humorada apresentação de Babau de Mestre Clébio de Guarabira, onde os ‘bonecos’ proporcionaram aos presentes uma verdadeira celebração da cultura popular, onde o ventríloquo Clébio levou a platéia ao delírio.

No enredo, o boneco ‘Cassimiro’ brinca com o colega ‘Birilo’ e posteriormente o boneco ‘pretinho’ conhecido por ‘Ventania’ se apaixona pela personagem ‘Dona Rosa’, após muitas idas e vindas o casamento entre eles é consolidado.

A segunda atração da noite foi a Lapinha São Sebastião de João Pessoa que empolgou a platéia com uma acirrada disputa entre os ‘cordões’ encarnado e azul, após o duelo, a competição terminou empatada.

O Coco do Mestre Benedito transformou o Pavilhão da Festa das Neves num verdadeiro salão de dança, onde populares se empolgaram com a música e caíram no paço. O ponto alto da apresentação foi a ciranda que foi composta pelo grupo e homenageou a história da cidade de Cabedelo.

A última apresentação do dia do festival ‘Brincantes Brasileiros na Paraíba’ foi do Coco do Galo Preto de Recife que iniciou a sua apresentação com uma composição especialmente preparada para a Paraíba. “Estou achando a cidade belíssima é a primeira vez que me apresento em público, comecei minha carreira aos doze anos e hoje estou com setenta e cinco. É uma alegria muito grande!”, festejou o Galo Preto que estava trajado com um elegante blazer branco.

“O Festival é um elemento diferenciado na Festa das Neves, pois integra expressões e possibilita o intercâmbio cultural”, concluiu Milton Dornelas que homenageou todos os participantes com uma placa comemorativa e um quite de divulgação do projeto.