Emlur retira 800 toneladas de vegetação e lixo do rio Jaguaribe

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A Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) continua a limpeza emergencial do rio Jaguaribe. A Equipe de Operações Especiais já limpou em torno de 800 metros de rio, na área que compreende desde a foz (próximo à BR-230, no final do bairro São José) até a comunidade Chatuba. A ação foi iniciada há mais de um mês e os agentes de limpeza já retiraram de dentro e das margens do rio aproximadamente 800 toneladas de vegetação aquática e resíduos jogados indevidamente pela população.

De acordo com o diretor de Operações da Emlur, Orlando Soares, o rio Jaguaribe está sendo limpo da foz até a nascente, que fica nas Três Lagoas, em Oitizeiro. A intenção da Emlur é limpar os 13,5 quilômetros de extensão do rio, para que vazão chegue a níveis desejáveis.

No entanto, o serviço não é mais rápido devido a obstáculos encontrados no percurso. “Não é um trabalho fácil, pois temos obstáculos pelo caminho como a ocupação irregular das margens do rio, o que impede a entrada das máquinas e, agora, o período de chuva, que não permite a realização do serviço com mais agilidade e rapidez”, disse o diretor de Operações.

Apesar das dificuldades de acesso dos equipamentos, uma escavadeira hidráulica, um barco a remo e um caminhão estão sendo utilizados na operação executada por 20 agentes de limpeza. Eles usam o bote para soltar a vegetação aquática, que se desenvolve em águas poluídas, para que a escavadeira hidráulica possa retirá-la de dentro do rio até o destino final, que é o Aterro Sanitário. A equipe também faz um trabalho de separação do material que pode ser reciclados.

Ecobarreiras – O diretor Orlando Soares disse ainda que a Emlur pretende colocar ao longo do rio Jaguaribe ‘ecobarreiras’ para conter o avanço do lixo jogado na água pela população ribeirinha. Uma ‘ecobarreira’ experimental será instalada no Baixo Jaguaribe, que corta o bairro São José, próximo à comunidade Chatuba. Ele explicou que as ‘ecobarreiras’ são construídas com material flutuante (garrafas plásticas) envolvidas em uma tela plástica usada em construção.

A ‘ecobarreira’ a ser utilizada pela Emlur está sendo confeccionada pelos artesãos da Oficina de Artes da autarquia. “Com o lixo retido fica mais fácil para os agentes da limpeza coletarem os resíduos em locais de difícil acesso, onde os equipamentos como escavadeira e caminhões não têm acesso”, argumento o diretor. Ele disse ainda que o ideal seria a população colaborar com o trabalho da Prefeitura de João Pessoa (PMJP), desenvolvido pela Emlur, “e não jogasse o lixo nos rios, canais ou córregos”.

Moradores aprovam – A ação da Emlur vem sendo acompanhada de perto pelos moradores da área ribeirinha. Na ponte que liga o bairro São José à comunidade Chatuba, a população estava atenta ao trabalho dos agentes de limpeza que soltavam a vegetação aquática.

“Já notamos a diferença. Antes, não conseguíamos nem ver o rio com tanta vegetação flutuante; agora, está tudo limpo”, disse o pintor Paulo José, que mora há 20 anos no local. Ele reclama dos próprios vizinhos que jogam o lixo no rio e contribuem para a poluição e as enchentes. Como forma de prevenir alagamentos em pontos da cidade, a Emlur iniciou em janeiro ações de limpeza em canais e galerias. Foram limpos seis canais e dez galerias.