Encantamento e emoção marcam quarta noite do Festival de Música Clássica

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II Festival Internacional de Música ClássicaExpectativa, entusiasmo e encantamento marcaram a quarta noite do II Festival Internacional de Música Clássica. Mais uma vez o palco sacro das igrejas históricas do Carmo e São Francisco, localizadas no centro da Capital, foram tomados por músicos de várias partes do mundo, que executaram obras de grandes compositores que tocaram desde Beethoven, passando por Rossini até o brasileiro Alberto Nepomuceno.

O primeiro destaque da noite foi na Igreja do Carmo onde se apresentaram os virtuoses Asi Matathias (Israel/violino), Sarah Loerkens (Suíça/violino), Avishai Chameides (Israel/viola), Benedict Klöckner (Alemanha/violoncelo).

Os músicos iniciaram executando Quarteto de cordas op 18 n° 2 em sol maior, de Beethoven, mas decidiram mudar a programação da noite de última hora, tocando em seguida Dvořák: Quarteto de cordas nº 12 em fá maior op 96 (Americano), para, depois, poderem prestigiar o compositor carioca Alberto Nepomuceno, encerrando a apresentação com a Serenata para quarteto de cordas (Allegretto).

Já a Igreja São Francisco, local da segunda apresentação da noite, estava completamente lotada bem antes horário marcado, previsto para às 20hs. Os músicos Emi Resnick (USA/violino), Pamela Kubik (Argentina/violino), Fred Pot (Holanda/violoncelo), Nicholas Schwartz (USA/contrabaixo), Juan Lucas Aisemberg (Itália/viola), Carla Meijers (Holanda/flauta), Hajime Konoe (Japão/fagote), José L.Sogorb (Espanha/trompa), Jeroen Soors (Bélgica/oboé), Arjan Woudenberg (Holanda/clarinete), foram recebido por aplausos calorosos pela plateia animada.

Eles executaram com precisão e maestria, Rossini, na Sonata para cordas nº 1 em sol maior, com as peças: 1- Moderato, 2- Andante, 3- Allegro e encerraram a noite com a apresentação de Spohr: Grande Nonetto com a peças: 1- Allegro, 2- Scherzo (Allegro), 3- Adagio, 4- Finale (Vivace), levando a seleto público ao delírio.

Prestigiaram o evento, pessoas de todas as idades, que iam desde apreciadores entusiasmados, curiosos que tiveram contato com a música clássica pela primeira vez, até estudantes de música sedentos por saber.II Festival Internacional de Música Clássica

Foi o caso de Gilvandro Neto Pereira do Nascimento, 22, estudante de música da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Gilvrandro, além de cursar bacharelado em clarinete na UFPB, também é vendedor de trufas e água mineral, e foi por meio desta ocupação que ele conseguiu comprar seu primeiro clarinete para estudar e praticar.

“O que a PMJP está fazendo é maravilhoso. Estou emocionado com tudo que já vi aqui. Essa é uma oportunidade de divulgar a música clássica e levar a quem não tem acesso e não a conhece. Trazer grandes nomes da música erudita internacional é fabuloso. Posso afirmar que o 1º festival foi muito bom, mas esse 2º superou e muito minhas expectativas e já torço pelo próximo”, comemorou.

Público diversificado – Segundo o maestro titular da Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa e diretor artístico do festival, Laércio Diniz, a presença do público nesta segunda edição foi maior que a do ano anterior. Para ele, isso já é fruto da notoriedade e importância do 1º festival. “Muitas pessoas nos procuram dizendo que nunca haviam ouvido música erudita, mas foi através deste evento que começaram a apreciar e a buscar mais. Mas também temos estudantes, músicos profissionais e apenas ouvintes ávidos por boa música. O público é bem diversificado”, avaliou.