Espetáculo ‘Fragmentos de um Sol Quente’ terá duas novas apresentações

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Devido ao sucesso de público o espetáculo “Fragmentos de um Sol Quente”, baseado no painel “No Reinado do Sol” (2008), de Flávio Tavares, será reapresentado nestas terça (30) e quarta-feira (31), a partir das 20h, no auditório da Estação Cabo Branco, Ciência, Cultura e Artes. A entrada é aberta ao público e custa um quilo de alimento não-perecível.

A montagem foi escrita e tem direção do ator, iluminador e diretor Flávio Melo. A peça é fruto do curso de formação em artes cênicas em que participaram 22 atores. “Fragmentos do Sol Quente” tomou por base os textos “Manaíra” e “Tambaú, uma história de amor”, assinados por Antônio dos Santos, o Chuá.

Conta a história da fundação de João Pessoa partindo do romance proibido entre dois jovens indígenas de tribos inimigas, a potiguara Manaíra e o tabajara Tambaú. Daí em diante, uma sequência dos principais episódios da história paraibana é encenada, como o Massacre de Tracunhaém (que gerou a divisão da capitania de Itamaracá), a independência da colônia, a expulsão dos holandeses e todo o itinerário que nos leva do passado (a esquerda do quadro) para os tempos mais atuais (à direita, onde se situa a cidade crescida arquitetonicamente, dos casarões às festas de rua).

“A minha ideia não era fazer uma adaptação fiel da narrativa do painel, e sim ter uma liberdade poética em cima das duas referências, a pictórica e a literária”, disse Flávio Melo que também é professor de teatro. Por isso ele justifica haver quebras na linearidade cronológica, bem como na escolha de apenas algumas personagens presentes na pintura para representar, como Augusto dos Anjos, José Lins do Rêgo, Ariano Suassuna e Manuel Caixa D’Água. “Os atores entram e saem de cena como uma tela em branco que de repente vai ganhando vida”, explicou.

Elementos externos ao quadro também compõem a “liberdade criativa” reivindicada pelo diretor: “Há fatos da história política e indígena do Nordeste dos coronéis, festas populares, folclore, o artesanato brasileiro, a literatura de cordel, as artes plásticas e a antropofagia da Semana de Arte Moderna de 1922”, citou.

O próprio Flávio Tavares está representado de duas formas: na de pintor, preocupado porque esvaziado de ideias (Fagner Ribeiro), e na de inconsciente materializado de menino (Rodrigo Batista), cheio de inspiração e criatividade. Os dois, em sua completude, formam a genialidade que culmina na criação de “No Reinado do Sol”.

“Tem sido uma experiência enriquecedora e, ao mesmo tempo, um desafio participar deste espetáculo por se tratar de uma obra tão complexa que, além de fazer um relato histórico-geográfico atemporal, apresenta personagens que marcaram a mente de muitos pessoenses”, declara Fagner, o protagonista.

Sobre Flávio Melo – É ator e iluminador cênico da Estação Cabo Branco. É formado em Educação Artística pela Faculdade Marcelo Tupynambá (SP), dirigiu os espetáculos “Valsa n° 6” (1991), “Ratos de Esgotos” (1992), “Prêt-à-Porter” (1998), “No Amanhecer da Noite” (2003), e em “As Meninas” (2009). Atuou em “Cinco Bulas sem Contraindicação” (1993), “Pequenos Burgueses” (1996), “Gol Anulado” (1997), “Prêt-à-Porter” (1998), “Fragmentos Troianos” (1999), “Achados e Perdidos” (2000), “No Amanhecer da Noite” (2003), “A Fantástica Peregrinação do Coronel atrás de um Rabo de Saia” (2008), “Paixão do Menino Deus” (2009), “Os Sete Mares de Antônio” (2010) e “Divino Calvário” (2011).

Serviço:

Espetáculo “Fragmentos de um Sol Quente”

Direção: Flávio Melo

Terça (30) e quarta (31)

Hora: 20h

Local: Auditório da Estação Cabo Branco

Fones: 3214-8270, 3214-8303

Twitter: @estacaocb

Acesse www.joaopessoa.pb.gov.br/estacaocb

Contato para a imprensa

Flávio Melo – diretor do espetáculo

Fone: 8795-0931