Estação Cabo Branco dispõe de visita guiada gratuita para o público com novos e mais horários

Por Adriana Crisanto - em 1254

A Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano, estará promovendo durante todo mês de agosto visitas guiada pelas obras de arte instaladas nos jardins. As sessões nos finais de semana (sábados e domingos) são gratuitas e acontecerão pela manhã e a tarde nos seguintes horários: 10h30, 11h30, 14h30, 15h30, 16h30 e 17h30. A visitação tem início na recepção do prédio administrativo, no painel “No Reinado do Sol”, do artista plástico Flávio Tavares, em que conta a história da cidade de João Pessoa desde sua colonização.

A visita guiada é uma oferta que a Estação Cabo Branco disponibiliza para o público que frequenta e passeia pelo local durante todo o ano, para que conheçam o acervo permanente de nossa cultura. É conduzida pelos arte-educadores da casa capacitados pelos setores de curadoria e gestão educacional. A duração da visita é de uma hora, mas também poderá ser agendada para o público escolar no setor de gestão educacional.

A curadora da Estação Cabo Branco, Larissa França, comentou que essa atividade já existe na casa, mas agora abre com novos e mais horários. “Essa é uma forma de valorizar o acervo, a identidade da arte regional e a cultura local. E também agregar valor e conhecimento ao espaço de arte nas suas mais variadas dimensões”, acrescentou Larissa.

A professora Débora Carvalho, chefe do setor educacional, disse que muitos chegam encantados com as obras, tiram fotos, mas não conhecem a origem de seus autores. “Na visita eles ficam sabendo as curiosidades da confecção das obras de artes, o processo de montagem, o estilo artístico e outras informações”, comentou Débora Carvalho.

Nos jardins da Estação Cabo Branco estão dispostas seis esculturas de bronze de autoria do artista plástico pernambucano Abelardo da Hora, falecido em setembro de 2014 na cidade de Recife (PE). As obras podem ser tocadas e proporcionam maior interação do público com a arte. As obras exploram a sensualidade feminina. Feitas de bronze e concreto, as mulheres esculpidas pelo artista nesta fase se caracterizam pelo seu traçado sinuoso e extrema originalidade nas soluções de volumetria e forma. O lado expressionista do início da carreira ainda permanece no leve exagero das proporções de seios, mãos e coxas destas esculturas.

Tem ainda a escultura de Sidney Azevedo, intitulada “Sinergia”, resultado do cruzamento de três chapas de ferro retangulares, pintadas em cor azul sugerindo movimento, com 1,73 metro de altura por 2,22 metros de largura, e também foi premiada no Concurso de Arte Pública Jackson Ribeiro em 2009.

“Vida” é obra vista no jardim de autoria do artista plástico Eulâmpio Neto, que representa a geração da vida, através da figura feminina. Foi confeccionada em argila, depois recebeu a fôrma de gesso e em seguida o concreto. Tem 146×48 centímetros e pesa aproximadamente 500 quilos.

Um painel em concreto de Chico Pereira (Varanda de Rede) também chama atenção no espaço e foi encomendado por Oscar Niemeyer, ainda na época da construção da Estação Cabo Branco e compõe a parede da Sala de Práticas Educacionais. É composta por três tipos de peças justapostas e agregadas, desenhando uma trama, e faz alusão à renda de bilro. Tem 50 metros de largura e 2,90 de altura.

Do lado de fora do auditório encontra-se a escultura “Cavalo Marinho”, uma pintura mural ampliada e pintada pelos artistas plásticos Wilson Figueiredo e Percy Fragoso, sendo a criação uma xilogravura de José Costa Leite. A obra em estilo naïf representa o principal personagem do bumba-meu-boi, dança popular do folclore brasileiro. É uma pintura a óleo em cor preta com 3,50 de altura por 17,50 metros de comprimento sobre uma parede pintada em tinta óleo amarela para se transmitir a idéia de cheio e vazio nas expressões das figuras carregadas do traço cultural nordestino.

No Reinado do Sol – No hall de entrada do auditório, a obra “No Reinado do Sol”, de Flávio Tavares, recebe o visitante e alude à história e à situação geográfica do Estado da Paraíba e de sua capital, evidenciando suas conquistas, formação étnica, elementos naturais e arquitetônicos. Estão representados também ilustres paraibanos como Ariano Suassuna, José Lins do Rêgo e o poeta Caixa D’Água. No alto da pintura, a mulher coroada de sol lembra que em João Pessoa, ponto mais oriental das Américas, o Sol nasce primeiro. A obra é uma pintura policromada a óleo, composta por cinco quadros justapostos, com dimensões idênticas que, ao todo, medem 3 metros de altura por 9 metros de comprimento.

Na Estação das Artes, o novo prédio do complexo arquitetônico da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes dispõe de obras de importantes artistas plásticos paraibanos, além de duas obras do pernambucano Francisco Brennand.

Baleia – A obra do paraibano Fred Svendsen, está localizada na rampa da entrada principal e é uma das maiores esculturas da Paraíba. A obra é tridimensional, feita em ferro carbono e revestida com tinta automotiva para evitar a corrosão. A enorme escultura tem traços arqueológicos e a figura da baleia é usada para retratar a proximidade da Estação Cabo Branco com o mar.

Folclore Nordestino – O painel do artista plástico Clóvis Junior, intitulado “Folclore Nordestino”, está localizado no pavimento inferior do prédio e retrata a cultura popular. A obra é uma pintura feita em cerâmica queimada a 1.200 graus e mede 3 metros de altura 2,90 de comprimento.

A Fonte dos Desejos e Abutre – A obra “Abutre” é feita de cerâmica vitrificada queimada em alta temperatura e mede 150 cm de altura, tem cores fortes e os traços marcantes. Já “A Fonte dos Desejos” é uma peça de bronze feita em 1987, com 179 cm de altura, colocada sobre uma base 46 x 45 cm. As esculturas são de autoria do pernambucano Francisco Brennand  e, em sua maioria, são feitas em formatos de totens e tem características marcantes, como uma pigmentação peculiar e de cor forte (devido à alta temperatura em que são feitas as obras) e formatos de monstros, seres deformados e aterrorizantes. Outras esculturas apresentam caráter sexual, ligadas à figura feminina e a rituais de fertilidade.

Quadros – A Estação Cabo Branco possui, ainda, um grande acervo de quadros de diversos artistas que compõe a decoração do hall que dá acesso às salas de convenções e à administração. “A Estação procura valorizar as artes e estamos sempre em busca promover nosso acervo permanente para que o público tenha acesso gratuito a visita e as obras de qualidade”, comentou a curadora Larissa França.

SERVIÇO:

VISITAS GUIDADAS

Sessões (sábados e domingos)

Horários: 10h30, 11h30, 14h30, 15h30, 16h30 e 17h30.

Início: Recepção do prédio administrativo

Entrada gratuita

Fones: 3214.8270 – 3214.8303

www.joaopessoa.pb.gov.br/estacaocb

CONTATO PARA IMPRENSA

LARISSA FRANÇA – Curadoria – 83. 98690.0179