Estacine exibe “Amor e Inocência” e “O Morro dos Ventos Uivantes”
A Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano, dedica o mês de março à exibição de filmes sobre escritoras de obras consagradas ou que tiveram a sua própria vida transformada em enredo séculos depois. As sessões são gratuitas, às 16h, no miniauditório 1 da Estação das Artes.
Neste sábado (2), a atração do projeto é o filme “Amor e Inocência”, com a vencedora do Oscar Anne Hathaway, uma cinebiografia da inglesa Jane Austen. Já no domingo (3), será exibido o clássico “O Morro dos Ventos Uivantes”, um dos campeões de adaptações para o cinema, com Juliette Binoche, livro escrito por Emile Brontë.
“Amor e Inocência” – Abrindo a mostra “Mulheres Escritoras – Suas Vidas”, o projeto Estacine traz “Amor e Inocência” (Becoming Jane, Inglaterra, 2007, 2h, 12 anos) neste sábado (2). Na sociedade inglesa de 1795, apenas o dinheiro fazia funcionar a sociedade da época e amar era considerado tolice. Os pais de Jane Austen (Anne Hathaway) querem o melhor para a sua caçula e planejam casá-la com o sobrinho de uma nobre senhora da região, mas a jovem, dona de um espírito independente, enxerga além de riquezas e posição social.
Ela quer se casar por amor. É neste momento que Jane conhece o irlandês Tom Lefroy (James McAvoy), um estudante de Direito em visita ao campo, bonito, inteligente, mas pobre. Seus caminhos se cruzam várias vezes e eles acabam se apaixonando. Sem a aprovação dos familiares, a única solução é fugir.
“O Morro dos Ventos Uivantes” (Wuthering Heights, Reino Unido, 1992, 1h42 min., 12 anos) – A novela, escrita por Emile Brontë em 1847 sob pseudônimo masculino de Ellis Bell, ganhou mais de 20 adaptações para o cinema, rádio e televisão desde 1920. A controvérsia vem desde o seu lançamento.
Vista como a mais intensa história de amor já escrita na língua inglesa, recebeu fortes críticas no século XIX. Avaliadores da época reagiram com indiferença no lançamento da obra, comparando-a desfavoravelmente com “Jane Eyre”, de Charlotte Brontë, enquanto outros achavam o livro excessivamente mórbido e violento. Finalmente, a reavaliação encabeçada pela irmã, também escritora, Charlotte, resultou no reconhecimento do gênio de Emily e na aceitação de “O Morro dos Ventos Uivantes” como uma obra-prima singular. Sua estrutura dramática era resultado do choque de vontades, através de uma rica mistura de romantismo e realismo, paixão, turbulência e misticismo.
No final do século XVIII, em uma área rural da Inglaterra, surge uma violenta paixão entre Catherine Earnshaw, a Cathy, e o cigano Heathcliff, seu irmão adotivo. Criados juntos, eles são separados pela morte do pai dela e a crueldade de como Hindley Earnshaw, seu irmão, o trata. Quando Heathcliff fica sabendo que ela vai casar com outro, Heathcliff foge para fazer fortuna, ignorando o fato de que Catherine o ama, e não ao futuro marido. Dois anos depois, Heathchliff retorna para vingar-se de todos.
A versão adaptada para o cinema de William Wyler, de 1939, estrelada por Merle Oberon como Cathy e Laurence Olivier como Heathcliff, é considerada um dos grandes clássicos do cinema até os dias de hoje, indicado para sete categorias da mais importante premiação do cinema e vencedora do prêmio de Melhor Fotografia. A versão mais recente, de 1992, estrelada por Juliette Binoche e Ralph Fiennes, como Cathy e Heathcliff, é uma modernização para os dias de hoje.
Serviço:
Projeto Estacine
Data: sábado (2)
Filme: “Amor e Inocência”
Data: domingo (3)
Filme: “O Morro dos Ventos Uivantes”
Horário: 16h
Local: miniauditório 1 da Estação das Artes
Sessões gratuitas
Fones: (83) 3214-8303 / 8270
www.joaopessoa.pb.gov.br/estacaocb
Twitter: @estacaocb