Exposição ‘Ponto Extremo’ é aberta nesta quinta no Casarão 34

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‘Ponto Extremo’ é o titulo da exposição que entra em cartaz nesta quinta-feira (5) e permanece até o dia 10 de junho, no Casarão 34. A mostra consta de fotografias, instalação e pinturas que trazem o registro de diferentes pontos do complexo da Ponta do Seixas, considerado o ponto mais oriental das Américas, captadas pelas lentes da artista plástica Cristina Strapação, intercaladas com pinturas inspiradas na paisagem daquele ambiente e instalação produzida com resíduos sólidos recolhidos no local.

A exposição, composta de centenas de objetos, faz parte do Edital de Ocupação do Casarão 34, numa promoção da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por intermédio da sua Fundação Cultural (Funjope).

A abertura da mostra acontece nesta quinta-feira, a partir das 19h, com apresentações da performance poética ‘Umano’, do ator Daniel Porpino, além do batuque do grupo de percussão ‘Bate com Lata’, formado por funcionários da Emlur, que se apresenta na Praça Dom Adauto, localizada em frente ao Casarão 34.

“A exposição é uma reflexão sobre esta postura do ser humano, seja ele morador, visitante ou poder público, no sentido de provocação da discussão sobre a necessidade de preservação”, revelou a artista curitibana Cristina Strapação, radicada em João Pessoa há cerca de uma década. “A ideia surgiu como uma exposição de pintura a partir da minha vivência com aquele universo, o que revela um certo incômodo da minha parte em relação àquela situação. Com o passar do tempo, entre a concepção e a produção, o projeto foi ampliado, passando a contar com fotografias e instalação, num diálogo entre diferentes linguagens”, concluiu.

Para a artista plástica Lúcia França, a instalação ‘Ponto Extremo’ “é a síntese do comportamento humano na atualidade, demonstra como o homem é inconsequente e displicentemente vulnerável a si mesmo”.

A parte fotográfica da exposição conta com 52 fotos em tamanho 20 x 30 cm, expostas numa rede de pesca, e ainda 280 fotografias de 10 x 15 cm, suspensas em fios de nylon, que intercala a poética de belas paisagens, eternizada pelo click da artista, com cenas de degradação que transformam de maneira negativa o meio ambiente.

As pinturas retratam a paisagem da Ponta do Seixas e adjacências de uma forma idealizada pela artista, que mostra o ambiente livre da degradação e da poluição visual, o que demonstra a beleza, a subjetividade e a poesia daquele fragmento da orla marítima paraibana.

Já a instalação foi concebida com objetos diversos, a exemplo de pneus de automóveis, sacolas plásticas, latinhas de metal, pedaços de embarcações e cordas, coletados na área registrada pela artista no período de um ano, enquanto fazia caminhadas quase que diárias, num processo contínuo de concepção do trabalho.