Exposição Arte Séculos Indígenas e Fórum de Atualização chega a João Pessoa

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estacaocabobranco_foto_dayseeuzebio_ (2)A Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano, será palco de dois eventos sobre o imaginário e a representação social do indígena associado à realidade contemporânea dos povos indígenas do Brasil. Trata-se da abertura da 5ª edição da exposição Arte Séculos Indígenas no Brasil e o 4ª módulo do Fórum de Atualização sobre Culturas Indígenas.

A primeira atividade a acontecer será o Fórum, no período de 11 a 14 março, no auditório da Estação Cabo Branco, com entrada aberta ao público. As inscrições serão previamente marcadas através de três canais de comunicação que vão atender diferentes públicos, sendo: estudantes universitários, professores da rede pública e privada e público espontâneo. Dessa forma, tem-se: Estação Cabo Branco, para público livre, contato: (83) 3214-8303 ramal 220; Núcleo de Direitos Humanos da UFPB, para estudantes universitários, falar com a secretária Eliene, pelo telefone 83 3216-7468, ncdh1@yahoo.com.br; e para os professores através dos polos da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de João Pessoa. (Confira lista abaixo).

Para participar e garantir o material didático, preparado para o evento, o visitante deverá se inscrever e participar ao menos uma palestra. A cada palestra o participante terá direito ao certificado de participação do evento com indicação de carga horária.  Não há obrigatoriedade de participar de todas as atividades.

Fórum – O Fórum de atualização sobre culturas indígenas (módulo v) consiste em uma atividade de formação com o objetivo de subsidiar educadores teórica e metodologicamente para a abordagem de temas relativos à cultura e história indígena. A proposta visa atender a implantação da lei 11.645/08 que instrui sobre a inclusão do tema indígena no currículo escolar.

Este será o quinto módulo do Fórum de Atualização sobre Culturas Indígenas. O primeiro módulo foi realizado em outubro de 2009, na sede da Funai, em Brasília (DF), e contou com a participação de cerca de 200 professores. O segundo módulo foi realizado em junho de 2010 e reuniu mais 300 professores na sede da Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE) do Distrito Federal. O terceiro módulo foi realizado no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília, durante a terceira edição da exposição Séculos Indígenas no Brasil. E o quarto, foi realizado na Caixa Cultural Rio de Janeiro (RJ) com a participação de 130 professores.

O programa consiste de palestras, mesas redondas e laboratórios de práticas educativas abordando temas e pautas atuais acerca dos povos indígenas brasileiros. A formação contínua também está entre os objetivos desta proposta: por conta disso, um conjunto de materiais didáticos (livros, jogos, filmes documentários), produzido no âmbito dos Séculos Indígenas no Brasil, é distribuído aos participantes, oferecendo instrumentos e conteúdo teórico, bem como referências para pesquisa.

Exposição – A exposição será aberta no dia 21 de março, na Estação Cabo Branco. A ação é fruto de uma parceria firmada entre o líder indígena Álvaro Tukano e o cineasta Frank Coe, por ocasião do evento ECO 92. Todo acervo documental da exposição é composto por um amplo volume de objetos artísticos que problematizam e apresentam a diversidade dos povos indígenas do Brasil através de fotografias, desenhos, gravuras, objetos de arte indígena dos diversos povos no Brasil, vídeos, animações e textos. Todo esse material é resultado dos 22 anos de existência do projeto Séculos Indígenas no Brasil.

Concebida a partir das edições anteriores, a exposição deverá integrar e dar destaque para aspectos locais relativos às etnias predominantes, Potiguara e Tabajara. Além disso, o recorte conceitual do espaço expositivo contemplará um histórico para além dos 500 anos de colonização, incluindo aspectos relativos à visão de mundo de povos originários a partir da arte rupestre e da produção artística individual de cada povo.

Um dos objetivos do projeto é o interesse pela experiência de encontro entre o grande público e o universo dos povos originários através da fala, olhar e autonomia do próprio indígena. Todo discurso da exposição é abordado por seus sujeitos através da dicotomia: imagem do índio pelo índio. A consistência de seu conteúdo vem de bocas que falam sua própria língua. Uma visão que tem animado duas décadas de atividades dedicadas à sensibilização para o direito à diversidade étnica no Brasil.

Os Povos – A proposta do projeto Séculos Indígenas no Brasil ganha um destaque importante nesta edição, em vista do contexto que o acolhe. O Estado da Paraíba está entre as primeiras federações do Brasil com maior incidência de população autodeclarada indígena, sendo os munícipios de Baía da Traição e Marcação cidades com mais de 70% de pessoas autodeclaradas indígenas da etnia Potiguara (segundo e quarto municípios, respectivamente, no ranking nacional).

Nesse mesmo contexto, tem-se o fenômeno da etnogênese Tabajara, processo cultural marcado pela antropologia que firma a busca pelo resgate, formação e afirmação de memória e identidade de um povo cuja cultura se tinha por extinta. Todos esses conceitos estão determinados e construídos na realização deste projeto e repercute na concepção da exposição que trabalha em cima de conceitos como: bioarquitetura, materiais orgânicos, apropriação sensorial do acervo.

Serviço:
Eventos:

  • Fórum de Atualização de sobre Culturas Indígenas – Período: 11 a 14 março, no auditório da Estação Cabo Branco, com entrada gratuita.
  • Exposição – Séculos Indígenas no Brasil. Exposição de arte e cultura indígena. Abertura: 21 de março.

Local: Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes
Avenida João Cirillo da Silva, S/N – Altiplano Cabo Branco – João Pessoa – Paraíba – CEP. 58.046-010 – Fones: 3214-8303 /3214-8270
http://antigo.joaopessoa.pb.gov.br/estacaocabobranco/