Exposição Canjerê fica em cartaz na Estação Cabo Branco até dia 30

Por Marília Mesquita - em 890

Apaixonado pela história africana e Afro-brasileira, o artista plástico Alan Cruz retrata em “Canjerê” a busca, em seu interior, da mais íntima expressão do cotidiano do nosso povo, com um ar crítico e provocador. A exposição está em cartaz no hall do prédio administrativo da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, até o dia 30 de junho.

Segundo Alan Cruz, além das pinturas tradicionais, foram criadas quatro telas com acessibilidade à pessoa com deficiência visual, quebrando o antigo tabu do “não toque na tela”. A série intitulada “O quinto” tem como referência os sentidos humanos, em que as quatro telas representam a visão, o paladar, o olfato e a audição, e o telespectador acaba sendo o quinto sentido, no caso, o tato, invertendo assim os valores da visão.

“As pinturas desta série contém escrita em braile, portanto, os únicos que saberão o que tem ali são os deficientes visuais. As pessoas que enxergam terão outra visão, e assim trocam-se os papéis”, explica Alan.

O artista é pioneiro em inclusão, sendo o primeiro no mundo a usar as técnicas do toque na tela, desde 2008. Em 11 telas, Alan já retratou o hino da cidade de Campina Grande com figuras em braile. Em parceria com a Estação Cabo Branco, ele pretende levar a inclusão social para centenas de pessoas.

O horário de visitação da exposição “Canjerê” é das 9h às 18h (de terça à sexta-feira), e das 10h às 19h (aos sábados, domingos e feriados). A entrada é gratuita e a classificação é livre.