Exposição do fotógrafo Alberto Banal fica em cartaz só até domingo

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Adriana Crisanto

 

O público tem até domingo (18) para ver a exposição ‘Áfricas’, do fotografo italiano Alberto Banal, em cartaz no primeiro pavimento da Torre Mirante da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano. A entrada é gratuita e o horário de funcionamento é de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábado, domingo e feriado das 10h às 19h.

Mais de 3 mil pessoas já passaram pela exposição ‘Áfricas’, conforme livros de registro de visitante. ‘África’ é resultado de pesquisas e viagens ao país feitas pelo fotógrafo Alberto Banal. Desde 2004, o profissional tem estreita ligação com a cultura quilombola. A partir de estudos sobre o tema, Alberto Banal viajou à África, onde percorreu seis países: Argélia, Marrocos, Etiópia, Zâmbia, Gana e Senegal. “A cada retorno ao Brasil, voltava com novos conhecimentos a partilhar através de exposições, palestras e seminários”, explicou o artista.

A exposição é dividida em três seções temáticas. A parte biográfica dedicada à linha do tempo do continente, como migração da humanidade para o local, descobrimento, explorações, escravidão, guerras e conflitos. A parte fotográfica traz 305 fotografias de 14 países, resultados da pesquisa do artista. Além de fotos próprias, a exposição conta com fotografias de 36 fotógrafos de vários continentes.

A terceira parte é literária e reúne elementos bibliográficos. Nesta parte há a reunião de 180 livros de 53 autores africanos. Cinco banners explicativos sobre: grupos étnicos linguísticos, línguas oficiais, taxa de alfabetização, escritores lusófonos, escritores francófonos e anglófilos. O artista responsável explica que a ideia de colocar a letra ‘s’ no nome da exposição é para ressaltar a pluralidade de culturas no continente, que resultou na exposição “Áfricas”.

O fotógrafo Alberto Banal explicou que o interesse pelo continente nasceu em 2004. “Foi neste ano que tive meu primeiro contato com um quilombo: uma visita rápida à comunidade quilombola de Pedra d’Água. Foi amor à primeira vista. Daí nasceu o meu interesse em conhecer o mais possível sobre o lugar das “raízes”, a África, cuja existência muitas vezes era ligada mais a fantasias míticas do que a conhecimentos reais”, disse.

Uma viagem a seis países africanos (Argélia, Marrocos, Etiópia, Zâmbia, Gana e Senegal) aprofundou as pesquisas sobre a cultura na África. Assim, o artista já organizou diversas exposições na Paraíba e também na Europa. As primeiras exposições foram organizadas na Universidade Federal de João Pessoa (UFPB) e, a seguir, em várias localidades da Paraíba e da Itália, sempre visando evidenciar a estreita relação entre quilombos e África.

Outras exposições – A exposição “Transmutação” permanece em cartaz no primeiro pavimento da Torre Mirante, ainda sem data de encerrameto. A exposição é de autoria da artista plástica Raisse Herculano. No espaço expositivo, o visitante vai encontrar obras da artista em cerâmica e pinturas, uma verdadeira mudança alquimia transmutada com personagens em forma de anjo e figuras aladas. Tudo isso aliado aos elementos da natureza, história e tradição cultural.

A curadora geral da Estação Cabo Branco, Lúcia França, comentou que a pintura de Raísse Herculano traz desenhos inspirados na geometria indígena numa rica nuance de cores e tons. “A argila se molda ao toque amoroso da artista e atinge a todos, expressão do seu inconsciente, que encontra a oportunidade de se revelar”, comentou. “Transmutação é a alquimia da pintura e da cerâmica que se rendem ao talento em constante ebulição”, disse Lúcia França, no texto de abertura da exposição.

One World – Outra exposição ainda em cartaz é a do fotojornalista Rizemberg Felipe. A exposição é fruto de viagens feitas à Índia, Nepal, Peru e Cuba. Nesta exposição, o visitante vai encontrar no primeiro pavimento da Torre Mirante 36 fotografias coloridas que medem 63 por 40 centímetros. “Sempre digo que as fotos são para inspirar pessoas”, comentou Rizemberg ao ser perguntado sobre a experiência de viajar para tantos lugares.

Em ‘One World’, o fotojornalista se transforma em artista e oferece um novo significado aos lugares que sempre escutou falar, que estava na sua imaginação e que só agora teve oportunidade de conhecer. Em todas as viagens usou a mesma câmera, uma D7 100 da Nikon e nove lentes diferentes. “Todo conhecimento que eu repasso para meus alunos nos meus cursos é para eles terem certeza que podem fazer igual ou melhor”, acrescentou.

A exposição tem a curadoria de Sérgio Pavanello, um jornalista ligado ao mundo das imagens e também muito viajado, que ao ver as fotografias teve uma intimidade muito peculiar ao analisar e ajudar na seleção das imagens.

“A estrada desse rito de passagem para os 40 anos de vida e 20 anos de carreira levou à trilha dos grandes repórteres fotográficos (Steve McCurry, Sebastião Salgado, dentre outros), atraído pelas cores do povo indiano, pela mística dos seus rituais, pela espiritualidade que paira em meio ao caos e pela força do Ganges, um dos rios mais venerados da Terra”, comentou a jornalista Marina Magalhães, que escreve o texto de abertura da exposição.

A Paraíba que vimos – No prédio do complexo da Estação Cabo Branco, na galeria da Estação das Artes, o visitante poderá conferir a exposição ‘A Paraíba que vimos: do Litoral ao Sertão em 90 fotografias’ do grupo de fotógrafos amadores e profissionais ‘ParaiBando’ A exposição fotográfica deve permanecer em cartaz até o final de setembro. O horário de visitação é de terça a sexta-feira, das 9h às 18h. Sábados, domingos e feriados das 10h às 19h. Com gratuita ao público de todas as idades.

A coletiva apresenta, por meio da fotografia, os encantos e belezas de 35 cidades da Paraíba revelando aspectos de sua cultura e meio ambiente. Como o próprio título já diz são 90 fotografias em preto e branco, colorida ou monogromática, em tamanhos variados, com imagens do Litoral ao Sertão.

São elemenos e visões paradisíacas de paisagens da Zona da Mata, Borborema, Agreste e Sertão paraibano. A exposição conta com curadoria do professor e fotógrafo Francisco Medeiros, responsável pela formação de toda uma geração de fotógrafos profissionais e amadores.

ParaiBando – O grupo foi formado em 2014. É composto atualmente por 15 pessoas que elegeram a Paraíba como prioridade para sua produção fotográfica, construída coletivamente por meio de viagens, passeios, encontros e estudo. Além de fotografar livremente, estabelece temáticas relevantes para a divulgação e preservação da cultura paraibana, como subsidio a disseminação de informações que contribuam para o turismo sustentável.

Em montagem – Estão em processo de finalização de produção e montagem as exposições “Parahybas”, de Rodolfo Athayde; e “Simetria do Tempo”, da artista plástica Ana Lúcia Pinto. Essa última com previsão de vernissage no dia 22 de setembro.