Festival de Músicas Carnavalescas reúne multidão no Parque da Lagoa

Por Felipe Silveira - em 728

Muito frevo e alegria. Assim foi a noite deste domingo (12) para o público que compareceu ao Parque da Lagoa Sólon de Lucena para conferir o 1º Festival de Músicas Carnavalescas. Durante o evento, promovido pela Associação Folia de Rua com o apoio da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), foram premiadas as três melhores músicas das 14 finalistas. O prefeito Luciano Cartaxo esteve presente e cumprimentou o público.

O Festival de Músicas Carnavalescas, que foi apresentado pelos jornalistas Victor Freitas e Samya Maia, começou por volta das 18h. As 14 músicas finalistas foram apresentadas ao público e aos jurados pelos intérpretes e a Orquestra PBPop. “O nível das composições foi muito alto e foi, sem sombras de dúvidas, um festival que ficará na história do nosso carnaval”, ressaltou o maestro Rogério Borges, diretor musical do Festival.

“Quem pensava que a música carnavalesca estava esquecida pelo público, se enganou. Os compositores não estão parados, muito pelo contrário, estão ativos e com músicas que falam do momento atual. Espero que a gente possa levar essa ideia do festival por muito mais tempo. Com certeza, o evento foi um sucesso”, disse o coordenador artístico do Festival, Liss Albuquerque.

O presidente da Associação Folia de Rua, Raimundo Nonato (Bola), agradeceu a parceria com a PMJP na realização do evento mais popular do Brasil. “Temos todo o suporte da Prefeitura de João Pessoa, através do prefeito Luciano Cartaxo. Esse foi o pontapé inicial para os festejos pré-carnavalescos da Capital. Esse ano, estamos comemorando trinta anos de Folia de Rua e vamos fazer história”, afirmou.

Por volta das 20h, foram anunciados os grandes vencedores da noite. Melhor intérprete foi a Márcia Barros. Terceiro lugar para ‘Cara de Folia’, de Fábio Smith e Jairo Madruga, de Cabedelo. Segundo lugar para a música ‘Pra não dizer que não falei do frevo’, de Totonho e Carlos Anísio, de João Pessoa. E o primeiro lugar ficou com ‘O frevo é imortal’, de Severino Luís de Araújo, de Recife.

“Eu sou de João Pessoa, mas atualmente moro em Recife, que é considerada a terra do Frevo. Desde 1983, eu já ganhei dez concursos de frevo em Pernambuco. Mas foi a primeira vez que ganhei na minha terra e é com muita honra que recebo esse prêmio”, afirmou o Severino Luís de Araújo.

Público presente – A professora de educação física, Cecília Sena, mora em Mangabeira e estava animada com os filhos e o marido. “Nós somos apaixonados por frevo e assim que a gente soube que ia ter o Festival de Músicas Carnavalescas aqui no Parque da Lagoa, viemos logo. É uma mistura de amor e alegria que estamos sentindo”, disse emocionada.

Quem também adorou o Festival foi o aposentado Carlos Alberto de Menezes, que é natural de Olinda e mora em João Pessoa há 32 anos. “O frevo está na minha alma. Fui criado nas ladeiras de Olinda e até hoje sinto falta. Eventos como esse são importantes para resgatar a cultura do nosso povo e transmitir para as novas gerações”, concluiu.