ForumTec indica caminhos para construção de Parque Tecnológico na Capital

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forumtech_rafaelqueiroz (2)No segundo dia de discussões no Fórum Municipal de Discussão para Implantação do Parque Tecnológico de João Pessoa (Forumtec) foram apresentados caminhos para construção do Parque Tecnológico de João Pessoa. Representantes de ambientes tecnológicos do Brasil participaram das discussões e deram continuidade às apresentações de suas experiências no setor, na manhã desta quarta-feira (28), no auditório da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Arte.

Segundo a secretária de Ciência e Tecnologia (Secitec) da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), Marly Lúcio, a intenção é discutir os caminhos para construir um equipamento que alie atividades com potencial competitivo, pesquisa científica e inovação tecnológica na cidade.

“Avaliamos que o primeiro passo deve ser dado através da criação do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia e a inserção do projeto no Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis, que conta com o financiamento do Banco Interamericano para o Desenvolvimento (BID). Nós queremos agora formar uma rede, com a colaboração das mais diversas organizações, para implantarmos essa ação de forma conjunta em nossa cidade”, destacou Marly Lúcio.

Para o professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e também facilitador do grupo de Mercados e Serviços do Fórum, Guido Lemos, a sugestão é que se faça um estudo focado no desenvolvimento social, econômico e tecnológico da região. “Precisamos de um aprofundado estudo científico que avalie as possibilidades e o retorno de cada área. É preciso apoiar empresas que nascerão a partir da iniciativa, além de empresas que já estão presentes no mercado, fortalecendo uma política de compartilhamento e cooperação conjunta”, frisou Lemos.

Participações – O fórum, de iniciativa da Secitec, reuniu estudantes, professores, empresários e profissionais para discutir a construção do projeto. Com destaque para Guido Lemos, diretor do Centro de Informática da Universidade Federal da Paraíba (facilitador do grupo de mercado e serviços), Hebert Freire, da empresa Sucesu (facilitador do grupo Financiamento e Governança), Raoni Kulesa professor e facilitador do grupo Academia e Parceiros).

Experiências – A programação do ForumTec também contou com a apresentação de experiências na construção desses ambientes de inovação forumtech_rafaelqueiroz (6)tecnológica. Neste segundo dia aconteceram as palestras do diretor-presidente do BHTec, Ronaldo Tadeu Pena (BH); do diretor Executivo da Fundação CERTI, Leonardo Carioni (SC); e do diretor executivo do Porto Digital Leonardo Guimarães (PE).

Segundo o pernambucano Leonardo Guimarães, o Porto Digital é um parque incomum, que não segue o padrão dos Parques de Tecnologia porque se trata de um parque urbano, que nasceu fortemente ligado à economia.

“O Porto Digital é um instrumento criado para atender não apenas a demanda voltada para o vetor econômico, mas também foi criado como instrumento de recuperação territorial. Eu, particularmente, como arquiteto de formação, me envolvi no projeto por esta razão. Além disso, o Porto Digital alia potencial de competitividade e inovação com produção de conhecimento científico e técnico especializado, com desenvolvimento econômico e social”, frisou o diretor executivo do Porto Digital.

O diretor-presidente da BH.TEC, Ronaldo Pena, ressaltou a importância de desenvolver a economia da região através de um ambiente tecnológico especializado, com o objetivo de sintetizar as premissas da nova economia do conhecimento. “O BH.TEC é um condomínio destinado a abrigar empresas de tecnologia, centros de pesquisa de desenvolvimento público e privado, além de serviços de apoio”, completou.

Pontes de Inovação – Para o diretor Executivo da Fundação CERTI, Leandro Carioni, é preciso criar o Parque Tecnológico de João Pessoa baseado nas experiências cabíveis para a região, que “fale a própria língua da cidade e das empresas do setor”, trazendo a Universidade para o projeto, agregando valor ao mercado. “O Parque Tecnológico é o melhor abrigador de empresas, a melhor maneira de fazer negócio com inovação e empreendedorismo. Um exemplo é o Parque Tecnológico de Florianópolis, que recebeu do Estado, investimentos diretos na ordem de R$ 40 milhões ao longo de 25 anos. A resposta é que somos o setor de maior arrecadação de impostos do Estado, mudando o perfil econômico de Florianópolis, gerando um PIB de 44%, só do setor tecnológico”, concluiu.

forumtech_rafaelqueiroz (1)Programação – Ainda na programação do dia, discussões e mesa de debates entre os grupos Mercados e Serviços, Financiamento e Governança e Academia e Parceiros.

Mercado & Serviços – Este grupo discute os segmentos que deverão ser atendidos pelo Parque Tecnológico de João Pessoa e quais os serviços que este Parque deve fornecer a sociedade para efetivamente contribuir para o desenvolvimento local;

Financiamento & Governança – Este grupo discute como Parque Tecnológico de João Pessoa deverá obter sua sustentabilidade econômica e financeira, além de refletir sobre como será o modelo operacional e de governança da organização;

Academia & Parceiros – Este grupo discute a importância da academia e a participação de parceiros para o sucesso do Parque Tecnológico de João Pessoa