Funjope divulga lista dos locais das 42 Oficinas Culturais de Bairros

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A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) divulgou os locais das 42 oficinas culturais selecionadas em edital para atuar nos bairros. As oficinas contemplam atividades de artesanato, cultura popular, culinária, artes cênicas e visuais, dança, educação ambiental, literatura e música, e vão beneficiar uma média de 600 pessoas. A relação pode ser consultada pelo link http://goo.gl/9zjKDe.

As ações deverão ser realizadas de 4 de agosto a 19 de dezembro de 2014, cumprindo uma carga de seis horas semanais e 24 horas mensais. Um café da manhã será oferecido nesta quinta (31), na Funjope, para recepcionar esta nova leva de agentes sociais, que atuarão na propulsão da vocação artística e cultural da sua comunidade.

Um dos projetos, “Sua Majestade, o Circo”, vai estimular as habilidades ao picadeiro em crianças e jovens do Costa e Silva. “A ideia é desenvolver a linguagem corporal e a autoestima da garotada por meio da liberação do imaginário de crianças e jovens de 9 a 18 anos”, explica o arte-educador Diocélio Barbosa, na área há 14 anos.

Outro exemplo de talento a serviço do artesanato vem de Maria Lúcia da Silva, 72 anos, a veterana entre os oficineiros. Há três anos, ela decidiu compartilhar a sua experiência na fabricação de bonecas e bichinhos de pano com outras idosas do Castelo Branco e se inscreveu no edital das Oficinas Culturais. “Chega a ser terapêutico para muitas, que chegam a sair emocionadas das aulas apenas porque estão produzindo”, diz ela, que também ensina a transformar óleo de cozinha em sabão.

A musicalidade, o canto e o movimento da capoeira ensinam mais do que somente técnica e disciplina para os praticantes dos jogos. “Eles também aprendem a valorizar a cultura negra ancestral, a ser mais disciplinados e o valor do respeito mútuo”, entrega a contramestre Maria de Lourdes Farias Lima, a Malu, do projeto Capoeira Angola: Vamos Vadiar, do Alto do Matheus.

“Estar à frente de um programa que promove o protagonismo em áreas que historicamente sempre enfrentaram graves problemas é muito gratificante”, salienta Gabriela Marques, assessora pedagógica da fundação.