Gasolina tem aumento em 66% dos postos, mostra pesquisa

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O Procon de João Pessoa constatou aumento no preço da gasolina em 66,67% dos postos de combustíveis da cidade e, por isso, notificou os proprietários para que justifiquem o reajuste. Enquanto a média de postos que aumentaram o preço nas últimas quatro pesquisas semanais não passou de três estabelecimentos, entre a semana passada e esta, dos 102 postos pesquisados, 68 subiram o valor. Com isso, o custo médio cobrado pelo litro passou de R$ 2,377 para R$ 2,562.

“Fizemos uma pesquisa de preço na terça-feira (8) e, assim que nossa equipe saiu dos estabelecimentos, a tabela de preços começou a mudar. Por isso, realizamos uma nova pesquisa no dia seguinte para verificar de quanto foi esse aumento que pegou os consumidores de surpresa”, afirmou o secretário executivo do Procon-JP, Sandro Targino.

Segundo a pesquisa realizada nesta quarta-feira (9), o preço da gasolina varia entre R$ 2,279 e R$ 2,65, o que representa uma variação de 16,7%. Apesar da variação ser semelhante à constatada da semana passada, quando o menor preço era de R$ 2,27, apenas um posto cobra o menor valor. É o posto Nossa Senhora da Conceição, na Avenida Cruz das Armas. O segundo menor valor registrado é de R$ 2,33.

Por causa do aumento repentino, as equipes de fiscalização do Procon notificaram os proprietários de oito postos, sendo dois de cada bandeira para verificar se houve justificativa para o reajuste. Eles terão 48 horas para apresentar a planilha de custos e notas fiscais de compra do combustível. Foram notificados os postos: São Luiz, Metrópole, Independência, Santa Júlia, Espírito Santo, Santa Catarina, Via Sul e Opção. Mais postos serão notificados.

Ação conjunta – Segundo Sandro Targino, se for comprovado que os postos compraram o combustível às distribuidoras pelo mesmo preço de antes, não haverá justificativa para o aumento. Se isso ocorrer, os dados de pesquisas e notificações do órgão serão encaminhados para a Agência Nacional de Petróleo (ANP) avaliar se houve irregularidade.

“Vamos nos reunir nesta quinta-feira com o Procon Estadual e Ministério Público para definir uma estratégia de atuação dos órgãos diante dos fatos. Em eventos ocorridos em outros anos o judiciário entendeu que foi uma manobra identificada como cartelização. O que houve agora é semelhante, então vamos juntar os órgãos de defesa do consumidor para analisar essa elevação uniformizada de preços. Mas, por enquanto, não podemos afirmar se há existência de cartel”, afirmou.

A ação também é uma resposta aos consumidores que entraram em contato com o Procon, inclusive pelo Twitter do órgão (@pmjpprocon), pedindo que algo fosse feito contra o aumento. Um desses consumidores que foram pegos de surpresa na hora de abastecer foi a administradora Erilene Rodrigues. “Na semana passada eu abasteci a R$ 2,27 e hoje em todos os postos eu só vi o preço a mais de R$ 2,50. Como é que todos aumentam do nada?”, questionou.

Álcool varia 17,9% – De acordo com a pesquisa do Procon-JP, o litro do álcool também sofreu aumento de preços e o menor custo passou de R$ 1,89 para R$ 1,95.  Com isso, a variação de preço entre os estabelecimentos caiu de 21,6% para 17,9% em uma semana. O menor preço foi encontrado no posto Ferrari, na Avenida Irineu Pinto, no Centro. O último levantamento mostra que 47 elevaram os custos para os consumidores.

Já o preço do litro do óleo diesel se manteve estável esta semana e varia 17,2% entre os estabelecimentos pesquisados. O custo vai de R$ 1,877 a R$ 2,199. O menor preço foi verificado no posto Independência, na Praça Caldas Brandão, no Tambiá. O gás natural veicular (GNV) é comercializado entre R$ 1,599 e R$ 1,82, variando 13,8%. O menor custo encontrado na pesquisa estava no posto Bom Jesus, na BR – 101, em Oitizeiro.

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