Genival Lacerda, Clã Brasil e Sirino e Sirano animam a chegada do Dia de São Pedro

A véspera das comemorações a São Pedro, um dos santos celebrados nas festas juninas, foi marcada pela passagem de três gerações do forró pelo palco instalado no Ponto de Cem Réis: Clã Brasil, Sirano e Sirino e o rei da munganga Genival Lacerda. Antes, os índios da Baía da Traição apresentaram, dentro da programação de cultura popular, o toré e garantiram muitos aplausos do público. O ‘João Pessoa – São João Pra Valer’ é uma realização da Prefeitura de João Pessoa (PMJP), por meio da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), com o apoio do Governo Federal, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste.

Com inúmeros hits no imaginário popular, Genival Lacerda abriu a noite de shows no palco principal do ‘São João Pra Valer’, com os passos de dança e mungangas que viraram sua marca no mundo da música. O cantor paraibano, natural de Campina Grande, ressaltou a importância de se valorizar a cultura nordestina como a Prefeitura de João Pessoa vem fazendo, reunindo artistas de várias tendências e estilos com shows gratuitos. “O público daqui gosta muito de Genival Lacerda e eu me sinto em casa aqui na capital. Só tenho a agradecer esse carinho que esta cidade e a Prefeitura de João Pessoa me dão ao me convidar para participar dessa festa”, disse.

O show do campinense foi composto basicamente pelo repertório que uniu clássicos de sua carreira e algumas canções de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Após cantar ‘Quem Dera’, Genival Lacerda animou o público com um dos seus maiores sucessos no Nordeste ‘Galeguim dos Zoi Azu’ e ‘O Canto da Ema’, ‘Severina Xique-Xique’. Não faltaram brincadeiras com o público, danças bem ao estilo Genival Lacerda e uma alternância entre os forrós e xotes. O público foi ao delírio com ‘Mate o Veio’, ‘Nem se Despediu de Mim’ e ‘Sebastiana’.

Na sequência de shows, o grupo paraibano Clã Brasil fez uma apresentação histórica que deve ficar marcada na carreira das quatro jovens. No show de João Pessoa foram captadas imagens que devem integrar o próximo DVD das artistas que unem o forró tradição com as influências da música armorial. Canções como ‘Asa Branca’, ‘Paraíba’, ‘Qui nem jiló’, ‘Estrada de Canindé’, ‘Mulher Rendeira’, ‘Frevo Mulher’ fizeram parte do repertório apresentado. O ápice do show foi quando o grupo cantou ‘Feira de Magaio’, que acabou se transformando em um clássico devido ao registro do grupo. Lucianne Alves, vocalista do grupo, ressaltou que estar em João Pessoa tem um sabor especial por tocar para o público de casa durante uma festa tão importante para o Nordeste. “Tocando no palco de João Pessoa para pessoas tão queridas e tão próximas é emocionante”.

A chegada do dia de São Pedro foi comemorada ao som da dupla Sirano e Sirino, cearenses que retratam nas canções o cotidiano dos vaqueiros e do Nordeste. Sirano disse que participar do ‘São João Pra Valer’ ficará marcado na história dos dois músicos porque é a primeira vez em João Pessoa que a dupla se apresenta em espaço aberto e homenageando Antônio Barros e Cecéu, o que se transformou em um prazer redobrado. “Estamos muito felizes de estar no São João Pra Valer onde está sendo feita uma homenagem a dois dos maiores compositores do mundo. Também estou feliz em dividir palco com Genival e as meninas do Clã Brasil, onde vejo uma juventude defendendo a nossa música e cultura em espaços como esse”, disse Sirano.

No palco, a dupla cantou o ‘Hino Nacional’, animou com clássicos gravados no ano 2000, como ‘Não sou Vaqueiro’, ‘Mulher Ingrata e Fingida’, ‘Dois Amores’, e homenageou Dominguinhos com ‘Só Quero um Xodó’, além de prestar reverência a Antônio Barros e Cecéu com a canção ‘É Proibido Cochilar’.

São João Pra Valer’ – Com investimentos de R$ 2,7 milhões, a festa é promovida pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Fundação Cultural (Funjope) e conta com apoio do Governo Federal, Caixa e Banco do Nordeste. Além da tradicional festa no Centro da cidade, as comemorações estão sendo realizadas em polos descentralizados. A programação inclui ainda cultura popular, Festival de Quadrilhas e a Vila Gastronômica.

Homenageados – Os homenageados desta edição são Antônio Barros e Cecéu, cuja trajetória artística conta com mais de 700 gravações e 150 clássicos no repertório. Parceiros desde 1971, os artistas alcançaram popularidade no Brasil, com canções que fazem parte do acervo de músicas autorais da dupla e gravadas por expressivos nomes da MPB como Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Dominguinhos, Gilberto Gil, Alcione, Ivete Sangalo, Fagner, Gal Costa, MPB-4 e os saudosos Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e Marinês, e no Exterior, com músicas gravadas na Itália, Espanha, Portugal e Israel.