Integrantes da PMJP são homenageadas no Dia de Não Violência à Mulher’

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Sete paraibanas, entre elas duas integrantes da gestão municipal, receberam nesta segunda-feira (25), homenagens pela dedicação e trabalho em prol da defesa dos direitos das mulheres e do enfrentamento à violência contra a mulher. As homenagens aconteceram durante sessão especial, que também marcou o Dia Municipal de Não Violência à Mulher, instituído a partir deste ano, em alusão a data definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para marcar a luta pela não violência contra as mulheres em todo o mundo. A sessão especial foi proposta pelos vereadores Benilton Lucena e Fuba.

Uma das homenageadas na sessão foi a secretária municipal da Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM), Socorro Borges, que recebeu o Título de Cidadã Pessoense, concedido pelo vereador Fuba. Paraibana de Sumé (PB), a gestora tem formação profissional na área de Saúde como sanitarista e sempre lutou pelos direitos sociais das mulheres. Mudou-se para São Paulo (SP) na década de 1970, quando se deparou com as desigualdades e as péssimas condições de vida da população. Marcou presença nas mobilizações de rua contra a Ditadura Militar e voltou para a Paraíba em 1982, dando continuidade a militância política.

Na década de 1990, Socorro Borges compartilhou do movimento organizado de mulheres, através da Ong Acorda Mulher e da Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. Integrou também o Cunhã Coletivo Feminista. “Receber esta homenagem e este título tem um significado muito especial. Estou há 30 anos em João Pessoa e desde o início da década de 80 dedico minha vida a construir uma cidade que queremos mais saudável e mais justa”, disse ela em tom de emoção.

Outra integrante da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) entre as homenageadas foi a pessoense Liliane de Oliveira, que recebeu a Comenda Margarida Maria Alves, proposta pelo vereador Benilton Lucena. Liliane é atualmente coordenadora do Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra, serviço municipal de atendimento a mulheres em situação de violência.

Com formação em História e especialização em Capacitação de Recursos Humanos em Pesquisa Educacional pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Liliane iniciou a vida profissional em 1985, na alfabetização de filhos de pescadores pelo método Paulo Freire. Voltou a lecionar nos anos 2000, como professora pioneira na rede municipal de ensino com alfabetização da melhor idade. Hoje é responsável pelo serviço que já atendeu a mais de 2,3 mil mulheres em seis anos de atuação.

“Esta homenagem representa uma responsabilidade ainda maior em relação ao nosso trabalho. Um trabalho que muitas vezes nos traz tristeza, mas também muitas alegrias quando ajudamos às mulheres a saírem do ciclo da violência”, disse Liliane de Oliveira.

Com homenagens distintas dos vereadores Benilton Lucena e Fuba, também receberam Títulos de Cidadã Pessoense a integrante do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Lourdes Meira; a integrante do Cunhã Coletivo Feminista e Rede Feminista de Saúde, Lúcia Lira; a diretora do Serviço de Referência para o Atendimento a Mulheres em Situação de Violência Sexual, do Instituto Cândida Vargas, Ana de Lourdes Vieira Fernandes; e a coordenadora geral do Centro da Mulher 8 de Março, Irene Marinheiro.

A Comenda Margarida Maria Alves também foi concedida à professora e pesquisadora Gloria Rabay, do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação sobre a Mulher e Relações de Sexo e Gênero, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

A sessão especial que marcou o primeiro Dia Municipal de Não Violência à Mulher contou também com as presenças da coordenadora Municipal de Promoção à Cidadania LGBT e Igualdade Racial, Socorro Pimentel; do secretário Executivo do Orçamento Participativo do Município, Hildevânio Macedo; da vereadora Elisa Virgínia; mulheres de movimentos sociais e servidores da gestão municipal.

Data O ‘Dia Municipal de Não Violência à Mulher’ faz alusão à data internacional criada em 1999 pela Assembléia Geral da ONU a fim de estimular que governos e sociedade civil organizada, nacionais e internacionais, realizem eventos anuais como necessidade de acabar com a violência contra as mulheres. O dia 25 de novembro de 1960 ficou conhecido mundialmente por conta da violência cometida contra mulheres.

As irmãs dominicanas Pátria, Minerva, e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, que lutavam por soluções para problemas sociais de seu país, foram perseguidas diversas vezes presas até serem brutalmente assassinadas.