João Pessoa vence prêmio na área de patrimônio cultural

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A Prefeitura de João Pessoa (PMJP) venceu a edição 2009 do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, instituído pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão do Ministério da Cultura (MinC). O prêmio refere-se a categoria ‘Apoio Institucional e/ou Financeiro’ pelo desenvolvimento do “Programa Integrado de Preservação do Patrimônio Cultural de João Pessoa”. A cerimônia de entrega da premiação acontecerá no dia 14 de outubro, às 20h, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília.

A Comissão Nacional de Avaliação,que apontou os vencedores deste ano, analisou 67 participantes em sete categorias. Foram premiados projetos nas áreas de “educação patrimonial”, “divulgação”, “pesquisa e inventário de acervos”, “preservação de bens móveis e imóveis”, “salvaguarda de bens de natureza imaterial” e “proteção do patrimônio natural e arqueológico”.

Nos anos anteriores, os premiados no item “institucional” foram o Instituto de Pesquisas Etno-Ambiental do Xingu/Ipeax, em Camarana, no Mato Grosso (2008); Instituto Homem Pantaneiro, em Corumbá, no Mato Grosso do Sul (2007); Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006); Associação Pró-Reforma, em Bananal, São Paulo (2005); e a empresa Sol Informática, de Belém, no Pará. O Prêmio Rodrigo de Melo Franco, em homenagem ao fundador do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ocorre desde 1994.

De acordo com Fernando Moura, da Coordenadoria do Patrimônio Cultural (Probech), o prêmio concede ao vencedor o direito a um valor em dinheiro. Mas segundo ele, o mais importante é o prestígio que a Capital paraibana irá desfrutar a partir da divulgação que será realizada pelo Iphan, através de peças publicitárias e eventos culturais.

Destaque – O prefeito Ricardo Coutinho (PSB) destacou a importância do prêmio, lembrando os esforços na implantação de políticas públicas para a recuperação e preservação dos bens culturais da capital, ressaltando o trabalho de ordenamento e mapeamento das ações promovidas pelo Governo Municipal nos últimos quatro anos, como elo impulsionador ao que se projeta à frente. “Mais que os investimentos realizados nesse período, em torno de R$ 41 milhões, sendo mais de 50% de recursos próprios, foi a nova postura gerencial no processo de revitalização da cidade o que nos motivou a participar do prêmio do Iphan. Pelo resultado, vimos que o órgão entendeu esses esforços e compartilhamos esse momento com toda a Paraíba”, celebra.

“Esse prêmio, escolhido entre inúmeros projetos de todo o país, é mais um tijolo na construção de uma consciência preservacionista, que vem evoluindo ao longo dos anos, ao ponto da cidade de João Pessoa ter recebido a outorga de patrimônio cultural federal em 2007. Com o reconhecimento do Prêmio Rodrigo Melo Franco, fica patente o compromisso dos órgãos envolvidos e mostra o acerto do prefeito Ricardo Coutinho em ter criado a Coordenadoria do Patrimônio Cultural (Probech), responsável pela temática em nível municipal. É uma premiação coletiva que deve orgulhar a todos os envolvidos, ontem e hoje”, destaca o coordenador da Probech, Fernando Moura.

“Esse prêmio é como se fosse um atestado do que vem fazendo o município de João Pessoa em prol do patrimônio cultural, material e imaterial, da cidade”, depõe o arquiteto Umbelino Peregrino, superintendente interino do Iphan na Paraíba. Para ele, essa premiação “é de uma importância nacional muito grande, equivalendo a uma espécie de ‘Oscar do Patrimônio’, credenciando a cidade a, cada vez mais, conseguir ações, gestões e recursos federais em benefício dessas políticas públicas preservacionistas”, reforça.

Sobre a premiação, a diretora da Oficina-Escola de João Pessoa, Nahya Caju, disse que vem coroar o trabalho desenvolvido para a preservação histórica da Capital. “O prêmio é um referendo ao trabalho realizado desde o convênio entre Brasil e Espanha, que possibilitou o cadastramento do Centro Histórico, até a normativa de proteção e as primeiras intervenções, passando pela instalação da Comissão de Desenvolvimento do Centro Histórico, da Oficina-Escola, o tombamento pelo Iphan e o nascimento da Probech”, disse.

A Comissão – A Comissão Nacional de Avaliação do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade foi presidida por Isabella Adeira, coordenadora geral de Difusão e Projetos da Diretoria de Articulação e Fomento, e composta por 15 integrantes. São eles:

Aroldo de Oliveira Braga (assessor da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)

Carlos Alberto Ribeiro de Xavier (assessor especial do Ministro da Educação)

Carlos Kessel (diplomata do Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores/Itamaraty)

Isabelle Agner Brito (coordenadora-geral de análise de projetos do Departamento de Infraestrutura Turística do Ministério do Turismo)

Celina Kuniyoshi (coordenadora do curso de Museologia do Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília)

Jeferson Dantas Navolar (presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil no Paraná e diretor extraordinário de Patrimônio Histórico do IAB/Direção Nacional)

Marcia Abreu da Silva (assessora parlamentar na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados)

Marco Antônio do Espírito Santo (integrante da Coordenação Geral de Estudos e Pesquisas da Fundação Nacional do Índio)

Marco Antonio Galvão (arquiteto)

Mário Eduardo Pereira de Araújo (coordenador de Arquitetura da Universidade Paulista/UNIP/DF)

Mônica Cristina de Souza Silva (arquiteta do Programa Monumenta/Iphan)

Patrícia Reis (membro do setor de Cultura da Representação da Unesco no Brasil)

Pedro Junqueira Pessoa (coordenador do Observatório dos Editais, da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura)

Roberto Muniz Barretto de Carvalho (chefe do serviço de Documentação e Acervo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico)

Wagner dos Anjos Crispim (diretor de Gestão Documental do Arquivo Público do Distrito Federal).