Jornal, papelão, latas e molduras transformados em obras de arte

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Material reaproveitado e muita criatividade. Esses são os principais elementos presentes na exposição ‘Recriar’ do fiscal de limpeza da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) e artistas plástico, Arlindo Batista, mais conhecido como o Arlindo Maromba. A mostra, realizada no hall de entrada do Centro Administrativo Municipal (CAM), no bairro de Água Fria, em João Pessoa, será aberta nesta segunda-feira (17) e se este estenderá até o próximo dia 21. A exposição ainda conta com a participação especial do artista plástico Chico Viola, que vai expor trabalhos feitos de jornal e papelão.

Em suas obras de arte, Arlindo Maromba usa materiais como jornal, papelão, plástico, molduras velhas, bombinas de papelão, argila, latinhas e carcaças de televisão e computador. A exposição reúne 33 peças, entre elas estão móveis, luminárias, porta-incenso, além das telas super coloridas.

Um das obras de Arlindo Maromba – a que ilustra o convite para a exposição – retrata o fundo do mar. A tela tem como base uma carcaça de televisão de 29 polegadas, conchas e massa acrílica. Nela, peixes coloridos, estrela do mar, algas, siri e conchas, retratam a beleza e a cor da vida do mar. O artista plástico contou que doará essa tela para a Estação Ciência, Cultura e Arte Arquiteto Oscar Niemeyer.

Essa é segunda exposição realizada pelo artista plástico. Em sua primeira mostra, no ano passado, o fiscal de limpeza mostrou trabalhos que retratavam paisagens da Capital, como o Parque Sólon de Lucena (Lagoa) e a Praia do Cabo Branco. Ao todo foram expostas 42 telas de materiais aparentemente sem utilidade como papelão, madeira, areia e verniz.

O artista plástico falou da alegria em realizar a sua segunda exposição e afirmou que o apoio da Emlur foi fundamental para que a mostra pudesse se concretizar. “A Emlur me deu condições de mostrar para o povo a arte que aprendi a fazer lá dentro. É isso que eu sei fazer e isso me deixa muito satisfeito”, comentou.

Arlindo Maromba tem 51 anos, sendo que 12 deles foram dedicados ao trabalho na Emlur. Ele descobriu a arte do reaproveitamento há oito anos dentro da Oficina de Artes da Autarquia, incentivado por amigos que trabalhavam lá.