Juliana Steinbach em noite de Schubert para piano na Igreja São Francisco

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juliana steinbach brasil pianoEra o tempo em que apenas o samba, a bossa e a MPB geravam produtos de exportação de primeira linha. Na música clássica, o Brasil também tem suas estrelas reconhecidas no terreno internacional, e Juliana Steinbach é um exemplo.  Ela protagoniza o recital nesta quinta-feira (4), às 20h, na Igreja São Francisco, ao lado de outros solistas convidados do II Festival Internacional de Música Clássica de João Pessoa: o Trio de Poulenc, ao lado de Jeroen Soors (Bélgica/oboé) e Hajime Konoe (Japão/fagote), e o famoso Quinteto com piano op. 114, de Schubert, mais conhecido como “A Truta” (peça em Lá Maior composta quando o compositor tinha apenas 22 anos, embora tenha sido publicada em 1829 – um ano após a sua morte). O festival é uma promoção da Prefeitura Municipal de João Pessoa, com patrocínio do BNDES.

Juliana Steinbach se apresentou por toda a Europa, Américas do Norte e do Sul, Israel e Ásia. Sua estreia, em 2002, foi com a Orquestra Sinfônica de Israel. Seguiram-se a Orquestra de Concerto da Rádio de Leipzig, a Sinfônica Mav Budapeste, a Orquestra Jovem de Friburgo, a Sinfônica Lírica de Paris, a Filarmônica de Nice e a Orquestra do Conservatório Laureates de Paris. Em 2005, fez sua primeira turnê na Ásia, com passagens por Seul, Manila, Bangcoc, Hong Kong, Yokohama e Tóquio.

Foi premiada no Artlivre Concurso Internacional de Piano, em São Paulo (Brasil, 2001), Desempenho Tel-Hai (Israel, 2000 e 2001), na Competição Internacional de Jovens Pianistas, em Meknès (Marrocos, 1996), na Unesco (prêmio Flame) e ganhou o Grande Prêmio Vittorio Gui (Florença, Itália).

Os intérpretes da “Truta”:

Nicholas Schwartz é contrabaixista da Orquestra Real da Concertgebouw (Amsterdã), sem dúvida uma das maiores do mundo. Foi o mais jovem vencedor de todos os tempos do ISB Solo Competition. Poucos meses antes, recebeu tanto a Medalha de Ouro como o prêmio de Bach no Concurso Internacional de Cordas Stulberg. Atuou na Filarmônica de Berlim e como convidado da Sinfônica de Boston e da Boston Pops, duas das mais respeitadas orquestras. Há anos frequenta a Orquestra de Câmara do Verbier Festival e já participou do Tanglewood Music Center, do Pacific Music Festival, no Japão, e do Festival de Música de Aspen (EUA).

Avishai Chameides nasceu em Israel. Aos seis anos, começou a estudar violino, mas aos 10 optou pela viola. Obteve seu diploma no Conservatório Verdi de Milão e estudou no UDK de Berlim, e ainda na Academia de Lubeck. Ele é membro do Quarteto Noga, formação de 2008 advinda do Quarteto Artemis de Berlim. Colabora regularmente com as orquestras de câmera de Potsdam (Alemanha), Konzerthausorchester Berlin, Deutsche Symphonie Orchester Berlin, e a Deutsche Oper Berlin.

Sara Loerkens é suíça. De família musicista, começou os estudos de violino com a mãe, seguindo no Conservatório de Neuchatel, em seu país, na Academia de Basel e no Conservatório Van Amsterdam. Ainda muito jovem, recebeu o Primeiro Prêmio dos Concursos Suíços Ruebeli de Bolsas Escolares, o Friedwald Stiftung, o Kiefer-Ablitzel e a Competição de Jovens Artistas Internacionais  de Tortona (Itália). Integra a Orquestra Filarmônica da Rádio Holandesa, onde atua como líder dos segundos violinos.

Fred Pot estudou violoncelo com Carel Van Leeuwen Boomkamp, em Utrecht, e Jean Decroos, no Conservatório Real em Haia, Holanda. Após um período na Rádio Filarmônica, ingressou na Orquestra Real da Concertgebouw, em Amsterdã, em 1971, onde atualmente é um dos primeiros violoncelistas e segundo solo-cello. Com esta orquestra tem participado de turnês por toda a Europa, EUA, Japão, Ásia e América Latina. Foi membro da Quarteto de Piano da Concertgebouw, do Trio de Piano Dubinsky e do Quarteto de Violoncelos dos Países Baixos.

Os intérpretes do Trio, de Poulenc:

Hajime Konoye, fagotista da Filarmônica Neerlandesa, nasceu na Alemanha, mas cresceu em Tóquio. Após ter se graduado pela Universidade de Tóquio em música, tornou-se  primeiro fagote da Filarmônica do Novo Japão sob a regência de ninguém menos que Seiji Osawa. A relação com o maestro permanece até hoje: ele é convidado de Osawa em todos os verões para tocar na Orquestra Saito Kinen. Foi bolsista da Agência Cultural do Japão e primeiro fagote da Orquestra de Câmara da Rádio Holandesa. Sua performance do concerto de Mozart para fagote na Concertgebouw foi transmitida ao vivo para toda a Europa. No ano passado, fez um tour com a Orquestra Filarmônica da Ásia sob regência de Myung Whun Chung.

Jeroen Soors recebeu as primeiras lições de oboé aos 10 anos. Graduou-se no Instituto de Artes do Norte de Limburgo em 2002, quando venceu diversas competições nacionais na Bélgica. Seguiu os estudos no Conservatório de Tilburgo e depois no Conservatório Real da Antuérpia. Selecionado pelo programa de estudos Erasmus, passou seis meses em Karlsruhe, na Alemanha. Em 2006 e 2007, foi selecionado para compor a Orquestra Jovem na União Europeia e para a Orquestra Gustav Mahler, viajando por toda a Europa, Ásia e América do Sul. Em 2008, foi oboé-solo da holandesa Orquestra Gelders, de 2011 a 2013, e da Orquestra de Câmara da Rádio Belga.

Serviço:

Dia 4, quinta – 20h

Local: Igreja São Francisco (Praça São Francisco)
Juliana Steinbach (Brasil, França/piano), Sarah Loerkens (Suíça/violino), Avishai Chameides (Israel/viola), Fred Pot (Holanda/violoncelo), Nicholas Schwartz (EUA/contrabaixo), Jeroen Soors (Bélgica/oboé), Hajime Konoe (Japão/fagote)

Entrada gratuita

Programa:

Poulenc: Trio para piano, oboé e fagote

1- Presto    

2- Andante

3- Rondo

Schubert: Quinteto com piano op 114 (Truta)

1- Allegro 

2- Andante  

3- Scherzo (Presto) 

 4- Tema con Variazioni

5- Finale     (Allegro giusto)