Mangabeira assiste shows do ‘Estação Nordeste’, na quinta

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A programação da quarta noite do projeto ‘Estação Nordeste’ chega à Praça do Coqueiral, em Mangabeira, nesta quinta-feira (10), a partir das 19h, com shows do artista Léo Almeida, o hip-hop da banda ‘Realidade Crua’ e o rock regional da banda ‘Jackson Envenenado’. O ‘Estação Nordeste’ é promovido pela Prefeitura Municipal (PMPJ), numa realização de sua Fundação Cultural (Funjope), com patrocínio do Ministério do Turismo.

O artista Léo Almeida, através do disco ‘Ao Léu’, lançado no ano de 2004, resgata uma produção musical do movimento artístico cultural da Capital, que teve sua produção artística intensificada na década de 80, e acrescenta temáticas e fusões melódicas e rítmicas mais contemporâneas, resultando um trabalho de boa qualidade. O músico, com o reforço técnico e estético do guitarrista Alex Madureira, produz um som contagiante, que utiliza ‘loops’ de bateria e sonoridades da música eletrônica.

Entre as composições que formam o repertório de Léo Almeida merecem destaque ‘Antoin das bestas’, ‘Odalisca’, ‘D. Quixote’, ‘Margarida Flor’, ‘Menino de Mangabeira’, ‘Abismo’, ‘www.unimundo.com’, ‘Rosa choque’, ‘Prateleira de creme’ e ‘Ninfomaníaca’.

Rock – A banda ‘Jackson Envenenado’ completa sete anos de estrada, um caminho vasto e repleto de novas experiências. Atualmente, os pioneiros Robério (vocal) e Jeferson (contrabaixo) dividem o palco com os recentes Paulo (bateria) e Kênio (guitarra), todos procedentes da terra natal de Jackson do Pandeiro, Alagoa Grande (PB).

A pesquisa regional e o caráter crítico social estão presentes na literatura das canções, que se misturam com o bom e velho ‘rock and roll’ e se envenenam com a poética psicodélica. As novas músicas são uma surpresa para o show desta quinta-feira (10).

Rap regional – O ‘Realidade Crua’ surgiu no final de 1997, formado por jovens de periferias da Capital, tendo como principal característica a fusão da música rap com influências da cultura regional. Munidos de uma bateria percussiva confeccionada pelo próprio grupo, eles desenvolvem ritmos em tons de protesto característicos da música rap e alusões a contos de romance e fé, normalmente encontradas no folclore nordestino.

O grupo é formado pelo percussionista Fernando Trajano, que confeccionou de forma autodidata os instrumentos utilizados pelo grupo; Leonardo Tomas, MC, percussionista e compositor; Leo, um letrista politizado, dono de rimas fortes e estilo próprio, o primeiro MC paraibano classificado para participar da ‘Liga dos MCs’, um dos eventos mais importantes desse cenário.

Tem ainda Juliana Terto, vocalista e percussionista, compositora de letras críticas que faz acompanhar de harmonias vibrantes; Kalyne Lima, militante do movimento hip-hop, e autora de várias composições, que apontam para a valorização da mulher nos diversos segmentos sociais; o guitarrista André Fé, que introduz ao repertório guitarras influenciadas desde os elementos do metal ao regionalismo de Jackson do Pandeiro; o baixista Neto, que traz a influência da música black, incrementando sua linha com ‘grooves’ alusivos ao funk norte-americano, e Ross, um percussionista pernambucano, que traz para o grupo toda a influência do maracatu, além de ser grafiteiro e artesão.

A componente Kaline Lima avalia a importância do ‘Estação Nordeste’ para os grupos musicais da cidade. “Participar do projeto reafirma para nós o compromisso que a Funjope vem desempenhando no seu papel de democratizar a cultura; o grupo que desenvolve rap com musica regional é um exemplo da diversidade de atrações que participam dessa iniciativa”, completou.