Maranhense Rita Ribeiro traz à Capital show Tecnomacumba
Já visto por mais de 200 mil pessoas em todo o Brasil, o show Tecnomacumba a tempo e ao vivo, da maranhense Rita Ribeiro, aporta nesta quarta-feira (17) na capital paraibana. O álbum será lançado dentro do projeto Quarta Negra, a partir das 20h, no Ponto de Cem Réis. Na mesma noite, quem ainda sobe ao palco é o grupo pessoense Mamma Jazz, que vai mostrar ao púbico o novo trabalho Nôkana Disquicy, patrocinado pelo Fundo Municipal de Cultura (FMC). A realização é da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope).
Especialmente, esta edição do projeto ‘Quarta-Negra’ da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), está inserida na programação do ‘Novembro Negro’ das Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM) e Desenvolvimento Social (Sedes), que neste mês, celebra o Dia da Consciência Negra.
Tecnomacumba a tempo e ao vivo é o primeiro DVD de Rita Ribeiro. A artista tem uma carreira de 20 anos, que inclui também quatro discos, além de participações em coletâneas e projetos especiais. O show que ela vai apresentar em João Pessoa já está rodando pelo país há sete anos. A artista está entre as mais criativas, sensíveis e afinadas intérpretes da MPB surgidas dos anos 90 pra cá. O trabalho mostra intersecções entre a MPB, sons eletrônicos e as cantigas, pontos e rezas das religiões afro-brasileiras, com sabor de tradição oral.
O repertório inclui canções como Cavaleiro de Aruanda (Tony Osanah), Domingo 23 (Jorge Benjor), Babá Alapalá (Gilberto Gil), Oração do Tempo e Iansã (ambas de Caetano Veloso), Coisa da Antiga (Wilson Moreira e Ney Lopes), É D Oxum (Gerônimo e Vevé Calazans), Rainha do Mar (Dorival Caymmi), Moça Bonita (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), Xangô, o Vencedor (Ruy Mauriti e José Jorge) e Cocada (Antônio Vieira).
Devido ao grande sucesso de Tecnomacumba, Rita Ribeiro recebeu este ano o prêmio de Melhor Cantora na categoria Canção Popular da 21α Edição do Prêmio da Musica Brasileira. O prefixo tecno quer dizer menos música eletrônica e mais tecnologia. As cantorias vão além da fruição estética e do prazer, tomando o real sentido para os negros africanos. Elas transmitem conhecimentos entre diferentes gerações. O CD, que dá nome ao show, foi lançado pela Biscoito Fino e conta ainda com a parceria entre a Manaxica Produções e o Canal Brasil. É uma representação da livre convivência entre os credos, em um combate à intolerância religiosa.
Mamma Jazz O CD Nôkana Disquicy (Gravadora Pindorama), do grupo Mamma Jazz, é uma coletânea dos dez anos de carreira da banda paraibana. Um dos fundadores do grupo, o vocalista e guitarrista Guilherme Semmedo, nasceu em Guiné Bissau, mas se radicou na Paraíba há cerca de 20 anos.
O trabalho que será apresentado nesta Quarta Negra é todo o contexto de laboratório que o Mamma Jazz vem desenvolvendo, com uma fusão de ritmos de vários estilos, que foca música brasileira, africana e do resto do mundo. O show conta com composições de músicos que já fizeram parte da banda como Adeildo Vieira, autor de Chega Junto. Adeildo faz ainda parceria com Guilherme Semmedo em Há braços. Já o guitarrista e vocalista da banda assinam canções como Nôkana Disquicy (Não esqueceremos, em português) e Nada Mudou.