Extremo Cultural tem dia de samba nesta sexta com Martinho da Vila e Mirandinha

Por - em 778

Martinho da Vila traz o samba carioca à cidade de João Pessoa. Ele é a atração principal desta sexta-feira (18) no projeto Extremo Cultural – Onde o Som Toca Primeiro. O show de abertura fica por conta de Mirandinha e Pura Raiz, fazendo uma noite de puro samba a partir das 20h, no Ponto Cem Réis. Antes, às 19h, haverá apresentação do grupo de cultura popular Lapinha Jesus de Nazaré, em uma tenda armada no local. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio de sua Fundação Cultural (Funjope).

Para animar a capital paraibana, Martinho da Vila apresentará a turnê de seu último álbum ‘4.5 Atual’, lançado ano passado em comemoração aos 45 anos de carreira do artista. No repertório do show estão incluídas músicas de grande sucesso como ‘Canta, canta minha gente’, ‘Madalena do Jucu’ e ‘Mulheres’. Durante a apresentação, Martinho transforma o palco num grande salão de carnaval.

Carreira – Martinho da Vila iniciou sua carreira em 1969 quando lançou seu primeiro álbum homônimo, que emplacou sucessos como Casa de Bamba e O Pequeno Burguês. Sua vida de sambista (ritmista, passista, compositor, puxador de samba enredo, presidente de ala e administrador) começou na extinta Escola de Samba Aprendizes da Boca do Mato, passando a dedicar-se a Unidos de Vila Isabel.

Nacionalmente conhecido como sambista, Martinho da Vila é um legítimo representante da MPB, com várias composições gravadas no exterior. Ele é considerado, por muitos críticos, como o melhor cantor do Brasil, interpretando músicas dos mais variados ritmos. Ao todo, o artista já lançou 42 álbuns.

Show de Abertura – Em uma parceria que começou no final do ano passado, Mirandinha e Pura Raiz se apresentam juntos no Extremo Cultural. De acordo com o grupo, o show terá 17 músicas, entre canções autorais e sucessos consagrados de outros artistas como Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Cartola e Noel Rosa.

“De músicas autorais, temos Lar de encantos e Falador, do Pura Raiz, e Quando a saudade bater e Salve o negro, salve o samba, ambas de Mirandinha”, disse Renan Rezende, integrante do grupo Pura Raiz.

Renan falou sobre a importância de se apresentar no festival, afirmando a satisfação pelo convite da Funjope e em dividir o palco com um dos maiores sambistas da atualidade, Martinho da Vila. “Montamos um show todo especial, com repertório novo e arranjos novos. Estamos primando pela qualidade da música e estrutura, porque acreditamos ser esse o diferencial”, disse.

Pura Raiz – O Pura Raiz surgiu em João Pessoa por volta de 1996 durante festas na casa de amigos, até se consolidar como um grupo de samba profissional. Destacando-se no cenário musical paraibano como uma das grandes revelações do samba, eles já se apresentaram em vários palcos da Paraíba e estados vizinhos. Pura Raiz já tem um álbum gravado e prepara o lançamento do próximo.

Atualmente, o grupo é composto por Kojak do Banjo (voz e banjo), Poty Jr. (cavaquinho), Luis Umberto (violão sete cordas), Renan Rezende (flauta transversal), Carlos Moura (voz e pandeiro), Maximilian (tantã e surdo) e Carlão (afoxé).

Mirandinha – Amante do samba, o paulista Mirandinha começou sua carreira cantando e tocando em Bauru, cidade do interior do estado de São Paulo. Ele chegou à Paraíba há 26 anos e, desde então, se dedica a divulgar e a tocar o samba considerado ‘partido alto’, que se caracteriza pela qualidade, belas letras, arranjos e muita criatividade.

Cultura Popular – O grupo de cultura popular, Lapinha Jesus de Nazaré, que se apresenta na noite desta sexta-feira no Extremo Cultural, é conduzido pelo Mestre Maciel. Participam da brincadeira 17 componentes, entre crianças e adolescentes. Trata-se de uma manifestação popular tradicional, trazida para o Brasil pelos jesuítas, que consiste na disputa entre os cordões azul e vermelho.

Esta é a primeira vez que a cultura popular é inserida na programação de verão de João Pessoa. Todas as noites do Extremo Cultural, grupos folclóricos se apresentam antes dos shows no palco principal, em tendas montadas tanto no Ponto Cem Réis quanto no Busto de Tamandaré.