“Mr. Sganzerla – Os Signos da Luz” encerra a Mostra Iconoclássicos

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Dirigido por Joel Pizzini, o documentário “Mr. Sganzerla – Os Signos da Luz” (Rio de Janeiro, 90 min., 2011, 14 anos) será exibido gratuitamente nesta terça-feira (26), às 17h30, na Sala de Audiovisuais da Torre Mirante da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano. O vídeo encerra a Mostra Iconoclássicos, do Itaú Cultural, que foi aberta na última terça-feira (19), com documentários sobre importantes personalidades do mundo artístico nacional.

“Mr. Sganzerla – Os Signos da Luz” é um filme-ensaio que recria o ideário do cineasta Rogério Sganzerla com a ajuda dos signos recorrentes em sua filmografia: Orson Welles, Noel Rosa, Jimi Hendrix e o modernista Oswald de Andrade. O método de criação, a musicalidade do olhar, o estilo da montagem, o duo com Helena Ignez, que revolucionou a mise en scène no Cinema Marginal, e a parceria com Júlio Bressane permeiam o filme. Narrado em primeira pessoa, a partir de imagens raras e situações encenadas, “Mr. Sganzerla – Os Signos da Luz” revela a visão do autor catarinense sobre seu percurso inventivo.

Rogério Sganzerla – Um dos cineastas mais significativos do país, Rogério Sganzerla se tornou conhecido pelos clássicos “O Bandido da Luz Vermelha” (1968) e “A Mulher de Todos” (1970), sucessos de bilheteria e de crítica. Intelectual transgressor, ele iniciou como crítico aos 17 anos, escrevendo no suplemento literário do Estado de São Paulo e depois no Jornal da Tarde, onde trabalhou como correspondente no Festival de Cannes.

Nos anos 70, no auge da contracultura, fundou com a atriz Helena Ignez e com o diretor Júlio Bressane a produtora Belair, que produziu seis longas-metragens em seis meses. Pela dimensão anárquica da experiência, e impedido de finalizar e distribuir seus filmes, “Copacabana Mon Amour” e “Sem Essa Aranha no Brasi”, partiu para o exílio em Londres.

Ao lado de Helena, sua companheira por mais de 30 anos, revolucionou a arte de interpretar no cinema, produzindo 30 filmes, entre longas, vídeos e curtas-metragens. Autor do livro “Cinema Sem Limites” e de numerosos roteiros inéditos, Sganzerla compôs uma tetralogia sobre a passagem de Orson Welles pelo Brasil, que culminou em seu filme-testamento, “Signo do Caos” (2003). O cineasta catarinense vem sendo redescoberto atualmente por festivais internacionais como Turim, Fribourg e Bafici, que organizaram retrospectivas integrais de sua filmografia

Serviço:

Mostra Iconoclássicos, do Itaú Cultural, exibe “Mr. Sganzerla – Os Signos da Luz”

Data: terça-feira (26)

Horário: 17h30

Local: Sala de Audiovisuais da Estação Cabo Branco

Fones: (83) 3214-8303 / 8270

Sessão gratuita.

www.joaopessoa.pb.gov.br/estacaocb

Twitter: @estacaocb