Naná Vasconcelos encanta público na 3ª noite da Música do Mundo

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A terceira noite da 7ª edição do Festival Música do Mundo reuniu grande público no Busto de Tamandaré, na praia de Tambaú, nesta quarta-feira (28). A noite começou com a banda paraibana Néctar do Groove, seguida pelo premiado percussionista pernambucano Naná Vasconcelos, que empolgou a plateia.

O evento é uma realização da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Fundação Cultural (Funjope), e integra a programação do Circuito do Sol, realizado em parceria com o Governo do Estado.

O capixaba Cláudio Teixeira visitou pela primeira vez a capital paraibana e ficou encantado com o Música do Mundo. “O local é perfeito. As atrações foram escolhidas a dedo e João Pessoa respira musicalidade”, comemorou.

O mesmo sentimento foi compartilhado pelo diretor executivo da Funjope, Milton Dornellas. Ele destacou que o evento está cada vez mais fortalecido, pois a presença de estrelas no palco do Música do Mundo consolida a iniciativa da Prefeitura de João Pessoa. “São nomes de referência no mundo todo e isso aponta para que o nosso projeto entre para o circuito dos grandes encontros de música instrumental do mundo. O ambiente é inusitado, um teatro ao ar livre na praia, e o público dá uma demonstração de carinho, respeito e interação”, destacou Dornellas.

Para o professor universitário Fabiano Souza, que marcou presença com dois amigos, o local é um espetáculo à parte. “As pessoas compareceram com o intuito de ouvir música e tudo fica mais belo com esta vista magnífica do mar de Tambaú”, enfatizou.

Néctar do Groove – A banda paraibana, que abriu a noite, incluiu em seu repertório composições que vão do baião até o jazz produzido pelos próprios integrantes.

O grupo foi criado em 2006 pelos irmãos suíços Stephan Tomas (saxofone) e Peter Bühler (percussão), que começaram a fazer jam sessions (improvisações) com Victorama (bateria), Orlando Freitas (baixo) e Cristiano Oliveira (viola caipira). Hoje o Néctar do Groover também conta com o guitarrista Marcelo Macedo.

“Nossa música é mundial. Temos música brasileira, eletrônica e tudo muito improvisado, com troca de informações entre os músicos. Esse festival é maravilhoso, pois abre espaço para a boa música”, disse o baterista Victor Ramalho.

Naná Vasconcelos e Lui Coimbra – Passava das 21h quando a plateia pode reverenciar a musicalidade do premiado percussionista pernambucano Naná Vasconcelos, que subiu ao palco do Música do Mundo com seu berimbau e, durante a apresentação, executou diversos instrumentos. O parceiro de palco de Naná Vasconcelos, o carioca Lui Coimbra, também agradou ao público, utilizando instrumentos de cordas como o violão e a rabeca para executar clássicos como ‘Babylon’, de Zeca Baleiro. “Essa parceria com o Lui vem de anos. Já atuamos na Espanha, Portugal e Inglaterra”, explicou Naná.

O pernambucano destacou os laços com a Paraíba e executou músicas do seu último trabalho, ‘Batendo Coração’, onde conta histórias sem palavras, utilizando a percussão como uma orquestra de timbre. “Acho maravilhoso estar em João Pessoa. Tenho muitos amigos aqui, como Escurinho e Chico César. Adoro estar aqui e curtir o trabalho do Jurandy, com o Bolero de Ravel. Esse festival dá oportunidade ao público de conhecer essa riqueza e esse calor e a variedade sonora no Brasil e no mundo”, comemorou.