Nota técnica do MS isenta Secretaria na morte de paciente cardiopata

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A secretária municipal de Saúde, Roseana Meira, recebeu nesta sexta-feira (31) o relatório preliminar da auditoria realizada por técnicos do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus), que em momento algum apontou qualquer responsabilidade da gestão municipal pela morte da paciente Elisângela de Lourdes Nonato de Souza, no dia 19 do agosto.

Ela afirmou que a nota técnica, elaborada com base na auditoria feita entre os dias 21 a 23 de agosto, contém o relato descritivo de todas as ações realizadas pela equipe de auditores, incluindo todas as partes envolvidas no caso da morte da paciente. “Não há nenhuma conclusão”, reforçou.

Ciclo cumprido – Para Roseana Meira, o relatório aponta que o município cumpriu o ciclo de serviços de sua competência, como a realização dos exames, a autorização da cirurgia, o acompanhamento dos prontuários e o próprio atendimento do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que sete minutos após a chamada chegou para efetuou o atendimento pré-hospitalar. “O documento fornece as informações de que por quatro momentos a paciente não teve a cirurgia realizada, mesmo tendo o agendamento providenciado”, acrescentou a secretária de Saúde.

O relatório afirma que, entre as quatro oportunidades de realização da cirurgia, inicialmente não havia quadro clínico da paciente. Depois, o médico havia viajado. No terceiro momento, os anestesistas estavam em greve e, por fim, os cardiologistas pararam suas atividades também.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apresentou uma proposta de reajuste em três procedimentos cardíacos em outubro de 2006. A proposta de reajuste de 100% apresentada, pagos com recursos próprios, seria para as cirurgias de trocas de válvula, a revascularização e as cardiopatias congênitas.

Atualmente, o valor pago à equipe pela cirurgia é de R$ 700. Os anestesiologistas recebem R$ 300 e os hospitais credenciados R$ 2.230. Essa proposta incluía o reajuste para as equipes de cirurgiões e médicos anestesiologistas. “Os médicos, inclusive, tinham concordado com a proposta. No entanto, o representante da Cooperativa dos Cirurgiões entrou no processo de negociação, interrompendo o acordo que seria firmado”, disse a secretária de Saúde.

Acesse aqui o documento do MS.