Núcleo de Teatro da Melhor Idade apresenta a peça “O relógio da matriz”
O Núcleo de Teatro da Melhor Idade da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano, apresenta o espetáculo “O relógio da matriz”, nesta sexta-feira (29), que coroa os três meses de curso. A comédia gira em torno de seu José, um homem orgulhoso por, todos os dias, dar corda no relógio da igreja, apesar do desprezo que recebe dos moradores da cidadezinha.
Toda a vizinhança – composta por senhoras costureiras, uma juíza, uma noiva ansiosa, uma beata, uma solteirona, uma doceira e ajudantes – pauta os compromissos conforme as badaladas do relógio da igreja principal. O convívio segue envolto por uma atmosfera interiorana, com atropelos contornáveis, mas sem nada que tire a comunidade do prumo.
Até que, um dia, seu José adoece e fica sem poder trabalhar, gerando uma grande confusão entre os locais. Sem o único relógio a marcar o tempo de todos, o presente de casamento que a juíza encomenda não chega, a noiva perde o noivo e o seu bolo não fica pronto, só para ficar entre os primeiros desarranjos na até então calma cidade.
Adaptado e dirigido pelo diretor Carlos de Souza, em parceria com o ator Wellandro Duarte, o espetáculo “O relógio da matriz” é baseado n’“A história do homem baixinho que dava corda no relógio da matriz”, de autoria desconhecida. Recruta 12 atores (apenas um homem no elenco) para um ensaio aberto de humor em que muitas piadas brotam involuntariamente.
Até chegar ao palco, o preparo é sustentado por aulas de expressões corporais, jogos, leituras individuais e em grupo, trabalhos de entonação vocal e de concentração. “A maioria já vinha de outros grupos teatrais, praticamente pronta. A mim restou mais o trabalho de marcação de palco, posicionamento e voz”, diz o professor Zé Carlos.
Para os atores, o retorno é tanto de aprendizado quanto terapêutico. “Vir à aula é um lazer, onde esquecemos todas as preocupações, desenvolvemos a nossa capacidade cognitiva a fortalecemos a autoestima em conjunto. Numa fase em que a memória teima em falhar, decorar todo um espetáculo é um exercício!”, reconhece Rosinha Maria Lucena, 60 anos, a pomposa juíza da peça.
“Mal acabamos os ensaios e já estou com saudades. Descobri uma vocação para o teatro aos 65 anos”, revela Margarida Alves, a hilária dona Filomena. Outra aluna aplicada, Graça Ribeiro, de 61 anos, que faz a dona Rosa, completa: “Fazer teatro é um sonho que quero continuar próximo ano, sem dúvida!”, promete.
Elenco:
Graça Barbosa: a noiva
Eliete Costa: costureira
Ivanilda de Moraes: a narradora
Maria Lúcia Terdulino: “Etelvina”, a costureira
Maria Margarida: a “Olga”
Margarida Alves: a “Filomena”
Graça Ribeiro: a “dona Rosa”
Valtércio Marinho: o “dador de corda José”
Maria José Martins: a “Zefinha”
Iracy Ângelo Pinho: a “dona Penha”
Serviço:
Espetáculo “O relógio da matriz”, do Núcleo de Teatro da Melhor Idade da Estação
Data: sexta-feira (29)
Horário: 19h30
Local: auditório da Estação Cabo Branco
Fones: 3214-8270/8303
Contato: José Carlos de Sousa, diretor (8829-6255)
Entrada gratuita