O samba de Beth Carvalho anima o público no Busto de Tamandaré, neste sábado

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beth11A terceira noite do projeto Extremo Cultural, promovido pela Prefeitura de João Pessoa, através da Fundação Cultural (Funjope), será abrilhantada pela madrinha do samba brasileiro, a cantora Beth Carvalho, que se apresenta neste sábado (11), no Busto de Tamandaré. Quem abre o show é o cantor Erick Von Sohsten, a partir das 20h.

Elizabeth Santos Leal de Carvalho (Beth Carvalho) é natural da cidade do Rio de Janeiro. O contato com a música foi incentivado pela família, ainda na infância. Escutava na adolescência canções de Sílvio Caldas, Elizeth Cardoso e Aracy de Almeida, grandes amigos de seu pai. Sua avó, Ressú, tocava bandolim e violão. Nas festinhas e reuniões musicais dos anos 60, surgia a cantora Beth Carvalho, influenciada por tudo isso e pela Bossa Nova.

Foi professora de violão nos tempos da Ditadura Militar. Devido à formação política recebida de seus pais, Beth Carvalho é uma artista engajada nos movimentos sociais, políticos e culturais brasileiros e de outros povos. Um exemplo foi à conquista, ao lado do cantor Lobão e outros companheiros da classe artística, de um fato que até então era inédito no mundo: a numeração dos discos.

Seu primeiro trabalho gravado foi compacto simples, em 1965, com a música “Por quem morreu de amor”, de autoria de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Em 1966, já envolvida com o samba, participou do show “A Hora e a Vez do Samba”, ao lado de Nelson Sargento e Noca da Portela. Participou de quase todos os Festivais Internacionais da Canção (FIC). No FIC de 1968, conquistou o 3º lugar com “Andança”, de Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi, e ficou conhecida em todo o País. Além de seu primeiro grande sucesso, “Andança” é o título de seu primeiro LP, lançado no ano seguinte.

A partir de 1973, passou a lançar um disco por ano e se tornou sucesso de vendas, emplacando vários sucessos, como “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai”, “Firme e Forte” e “Vou Festejar”. Beth Carvalho é reconhecida por resgatar e revelar músicos e compositores do samba. Em 1972, buscou Nelson Cavaquinho para a gravação de “Folhas Secas” e três anos depois fez o mesmo com Cartola, ao lançar “As Rosas Não Falam”.

Beth Carvalho é uma frequentadora assídua dos pagodes do Rio de Janeiro. Entre eles o de Cacique de Ramos, onde Beth Carvalho revelou artistas como o grupo Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Sombra, Sombrinha, Arlindo Cruz, Luis Carlos da Vila, Jorge Aragão e outros. Mais do que isso, a cantora trouxe um novo som ao samba, porque introduziu em seus shows e discos instrumentos como o banjo com afinação de cavaquinho, o tan-tan e o repique de mão, que até então eram utilizados exclusivamente nos pagodes do Cacique.

A partir daí, esta sonoridade se proliferou por todo o país e Beth passou a ser chamada de “Madrinha do Pagode”. Sambista de maior prestígio e popularidade do Brasil é aclamada também como “Diva dos Terreiros” e “Rainha do Samba”.

Em 1979, Beth se casou com Edson de Souza Barbosa, craque do futebol brasileiro, que participou da Copa do Mundo de 66 e um grande amante do samba. Em fevereiro de 1981, se torna mãe de uma menina linda, a quem Edson deu o nome de Luana. Hoje, Luana Carvalho é atriz e cantora, e ganha aos poucos o seu merecido espaço. Para Beth, ser mãe foi e é a coisa mais importante que já aconteceu em sua vida.

Beth Carvalho tem atualmente 45 anos de carreira e uma discografia de 32 discos e quatro DVDs lançados. A cantora já recebeu seis Prêmios Sharp, 17 Discos de Ouro, nove de Platina, um DVD de Platina, além de centenas de troféus e premiações.

Erick Von Sohsten – O cantor e compositor paraibano Erick Von Sohsten abrirá o show da cantora Beth Erick Von Sohsten 2Carvalho. Erick é um velho conhecido do público paraibano. Ele descobriu a música muito cedo. Aos 9 anos de idade já se dedicava ao violão e tinha o pai, Jota Garcia, como parceiro e professor.

“Canto Primeiro” foi seu primeiro show solo em que interpretou canções autorais. Ele logo conquistou o público local com repertório variado e interpretações diferenciadas. Seu lado intérprete foi aperfeiçoado trabalhando como vocalista e violonista das bandas Cesta Básica (João Pessoa – PB), Mercedes Band (Fortaleza – CE) e Grupo Etc e Tal (Maceió – AL). Em 2002, fundou o grupo “Sine Qua Non” com os músicos Guegué Medeiros, André Correa, Adriano Ismael e Hélio Medeiros. O grupo fez apresentações em várias capitais brasileiras e gravou um CD autoral que foi divulgado em temporadas nos navios Funchal e Princess Danae (2002/2003 e 2004), nos seguintes países: Brasil, Portugal, Itália, Espanha, França, Grécia, Marrocos, Turquia e Croácia. Atuou como cantor e violonista no navio Pacific durante as temporadas 2005/2006 e 2006/2007, no navio Sky Wonder (2007/2008) e no Grand Mistral (como Coordenador Musical em 2008/2009).

Erick Von Sohsten trabalhou fazendo criação e coordenação musical para a WME (World Map Entertainment) e Cia. Musical Sobre As Ondas, companhias que criam, produzem e colocam espetáculos em navios de cruzeiro. Ele compõe a equipe que elaborou, dirigiu, arranjou, redigiu textos e definiu detalhadamente os shows “Chega de Saudade” e “Nordeste Em Cena” apresentados na temporada de 2008-2009 nos seis navios da CVC, além de fazer parte do elenco dos espetáculos como cantor e ator.

Seu mais recente trabalho foi à gravação de um álbum autoral ao vivo, com novas e antigas composições, porém, todas inéditas. O “Zaraquê Trio ao Vivo”, com os músicos: Jorge Lima (bateria, percussão e produção) e Jr. Primata (baixo), gravado em Natal (RN), em setembro de 2006 pelo Megafone Estúdio. Do seu primeiro show solo até hoje, já se passaram 27 anos de música. Passou um temporada em São Paulo, mas retornou a João Pessoa onde divulga sua música em todos os lugares em que é convidado a cantar.