Orquestra de cordas faz show na Estação em homenagem a Ariano Suassuna

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Orquestra pernambucana de cordasMúsicas executadas somente com instrumento de cordas, mas com a sonoridade de uma orquestra. Este é o diferencial da Orquestra Pernambucana de Cordas Retratos (OPCR), que estreia em João Pessoa neste sábado (16), no anfiteatro da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no Altiplano. A entrada é aberta ao público de todas as idades.

A OPCR estará lançando o primeiro CD do grupo, intitulado “De sol a sol”. João Pessoa é a primeira cidade que o grupo visita na turnê que  fará pelo Nordeste. A turnê é patrocinada pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura/PE), do Governo de Pernambuco.

“Fazemos um som único no Nordeste, com instrumentos que substituem a orquestra tradicional, mas que tem um resultado que alcança o efeito musical de uma orquestra, por isso fazemos um som que está entre o erudito e o popular”, definiu o maestro da orquestra Marco Cézar.

Assim, o violino é substituído pelo bandolim, a viola de arco pela bandola, o violoncelo pelo bandoloncelo, e o contra-baixo de arco pelo contra baixo dedilhado. Todos os instrumentos tocados com palheta. “Algumas orquestras no Brasil fazem isso com música europeia, mas somos a única que faz com música nordestina”, explicou o maestro.

Músicas de compositores nordestinos importantes ganham vida na sonoridade de cordas, como Paulo Arruda (com o baião Pitombando no baião), Edson Rodrigues (com o baião Urubuvispando), Cláudio Almeida (com o caboclinho Ororubá), entre outros. A orquestra também leva a turnê suas composições autorais como a do arranjador Nilson Lopes, De sol a sol, que dá nome ao primeiro disco da orquestra, lançado em 2012.

Orquestra pernambucana de cordas (2)Retratos – A história da orquestra Retratos surgiu de uma continuidade do trabalho da Orquestra Dedilhadas de Pernambuco, da década de 1980, que tem seu trabalho baseado no movimento armorial. Em 1998, surge a Retratos, que até hoje perpassa ao público a sonoridade armorial. “O mestre Ariano Suassuna ia participar do segundo volume do nosso disco, infelizmente ele faleceu antes desse sonho. Mas vamos reverenciá-lo e homenageá-lo na nossa turnê”, revelou o maestro Marco Cézar.

Criada com o objetivo de ser um laboratório permanente de estudos da cultura popular, a Orquestra Retratos, é composta por 12 integrantes, entre alunos, convidados e professores Conservatório Pernambucano de Música, que compõe a atual formação de uma das melhores orquestras dedilhadas da América Latina. Com arranjos elaborados e a destreza dos intérpretes na execução, a essência do grupo é a capacidade de transitar entre erudito e popular.

A formação inédita, melódica e rítmica, é realçada pelo bandolim (Marco César e Moema Macêdo), violão 7 cordas (Rubem França), cavaco (Leonilcio Deolindo – Pepê), bandola (Maíra Macêdo e João Paulo Albertim), baixo acústico (Paulo Arruda), bandoloncelo (Fernando Moura e Gilson Chacon), violas (Henrique Almeida e Eduardo Buarque) e bateria (Leonardo de Castro).

Nos seus 14 anos de existência, a Orquestra Retratos participou de projetos importantes, como Folias Guanabaras, musical de Ivaldo Bertazzo (2001); o espetáculo do músico Antônio Carlos Nóbrega, Nove de Fevereiro (2008); três edições dos festivais MIMO (2006, 2008, 2009) e Circuito das Igrejas (2010, 2011 e 2012).

No domingo (17) o grupo estará em Natal (RN), no Anfiteatro Pau-Brasil, Parque das Dunas. No dia 21 de agosto, 20h, no Centro Dragão do Mar, em Fortaleza e no dia 3 de setembro, 21h, no Teatro Santa Isabel, em Recife (PE).

 

Serviço:

Orquestra Pernambucana de Cordas Retratos

Sábado (16)

Hora: 17h30

Local: Anfiteatro

Entrada gratuita

Informações: 3214. 8303 – 3214.8270

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