Orquestra de Violões e Aguaúna abrem Música do Mundo, sexta
A música instrumental entra em cena na programação do final de ano da Capital, a partir da próxima sexta-feira (26), às 19h, no palco armado entre as praias de Tambaú e Cabo Branco, próximo ao Busto de Tamandaré, com o início do Festival Música do Mundo. A abertura do evento contará com apresentações da Orquestra de Violões e a banda Aguaúna. O projeto, que acontece até a terça-feira (30), é promovido pelo Governo Municipal, por intermédio da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope).
A Orquestra de Violões da Paraíba, que abre oficialmente o Festival, foi criada em maio 1992 pelo maestro Gladson Carvalho, sendo considerada ícone na cultura paraibana por sua contribuição musical e formativa. O grupo realizou concertos por todo o Nordeste, incluindo inúmeras cidades do interior da Paraíba, deixando seu trabalho registrado em três CDs, um deles lançado pelas Edições Paulinas e que tem sido vendido por todo o Brasil e Europa, divulgando dessa forma o potencial artístico-cultural paraibano.
Em 1997, o grupo foi desativado até que em maio de 2005 voltou à cena musical sob a coordenação de Carla Santos e Cyran Costa, ex-integrantes da orquestra desde sua criação no ano 1992.
Após dez anos ausente dos palcos paraibanos, a Orquestra de Violões reestreou em novembro de 2007, no Cine Bangüê do Espaço Cultural. A partir desse dia, o grupo iniciou uma nova fase, continuando a fomentar a prática orquestral na área violonística e a estimular o desenvolvimento musical de indivíduos, a partir de um repertório eclético que favoreça uma prática interpretativa ampla e diversificada.
No segundo semestre de 2008, a orquestra começou a gravar seu quarto CD intitulado Orquestra de Violões Interpretando a Paraíba, com lançamento previsto para fevereiro de 2009. Outra novidade em destaque é que a Orquestra de Violões, sob regência de Carla Santos, assistência de Cyran Costa e direção musical de Rogério Borges, realizou uma série de programas em parceria com a Rádio Tabajara FM, apresentado todas as últimas sextas-feiras, durante os três primeiros meses deste ano.
Convidados A Orquestra de Violões também conta com os músicos convidados Maria Juliana e Amanda Rafaela (vocal), Lucyane Pereira (acordeon), Thallyana Barbosa (flauta), Jeronimo Pedro Florentino (violão Sete Cordas) e Wagner Santana (percussão).
No repertório do show, composições como Ponteio, de Edu Lobo; No forró de Zé Doidiça, de Rogério Borges; Melodia sentimental, de Heitor Villa Lobos; Sete cantigas para voar, de Vital Farias; Duas margens de Chico César e Lúcio Lins; Eu, tu e ele, de José Ilton Nunes; Carinhoso, de Pixinguinha; Pedacinhos do céu nº 5, de Waldir Azevedo; Frevo dos oito erros, de Cyran Costa; Eleanor Rigby, dos Beatles; Asa branca e Assum preto, de Luiz Gonzaga; Carcará II, de Erivan Araújo; Feira de mangaio, de Sivuca e Glorinha Gadelha; Ai que saudade docê, de Vital Farias; Aquarela do Brasil, de Ari Barroso, e Meu sublime torrão, de Genival Macedo.
Aguaúna O grupo Aguaúna, formado pelos músicos Pedro Osmar, Ricardo Venerito, Fábio Negroni e Soraia Bandeira, começou sua trajetória no início de 2008, a partir de encontros de livre improvisação, utilizando instrumentos musicais de diversos lugares do mundo como a cítara indiana; o didjeridoo aborígene australiano; a dalimba, o djembé e o dorá africanos; a viola caipira; o baixo fretless; o xilofone; o metalofone e vozes nativas.
O propósito do grupo é resgatar a linguagem da espontaneidade na criação artística, utilizando o conceito da visualização de cenários míticos – método usado na criação dos ragas indianos. Desses encontros surge, partindo da criação coletiva, o repertório que o grupo apresenta em seus recitais.
Agaúna mantém um laboratório de experimentação em seu local de ensaios para testar o limite e o alcance da estética da música de livre improvisação, considerando sempre a participação e as influências de músicos convidados no resultado final de cada apresentação.
O repertório a ser apresentado pelo grupo inclui Raga Yaman (domínio público/ Índia); Aguaúna (Pedro Osmar, Fábio Negroni, Ricardo Venerito); Equilibrista (Pedro Osmar); Kali em bando (Pedro Osmar, Fábio Negroni, Ricardo Venerito); Ode às trevas (Fábio Negroni/Zé Manoel); A um boi (Pedro Osmar, Fábio Negroni, Ricardo Venerito, Soraia Bandeira); Carne acesa (Soraia Bandeira); Xilidéia (Pedro Osmar, Fábio Negroni, Ricardo Venerito); Cangerê (Fábio Negroni); Isto não é um frevo (Pedro Osmar); Aguablues (Pedro Osmar, Fábio Negroni, Ricardo Venerito, Soraia Bandeira).
Somos um grupo em busca de pessoas que tenham interesse de produzir esse nosso trabalho em qualquer parte do Brasil e do mundo. Somos quatro músicos que tocam, cantam, compõem e produzem idéias e conhecimento no contexto da música brasileira e da música mundial, para reforço de uma música de livre improvisação que existe entre músicos e para pessoas que gostam de música instrumental, explica Pedro Osmar, um dos músicos da banda.
O artista ressalta ainda a ousadia e amplitude do projeto. Certamente é uma música de resistência, uma música que não toca no rádio e raramente aparece na TV, mas que, como profissionais, ousamos realizar, para nosso prazer e gosto e alegria de criar a partir de elementos da música e dos instrumentos de países nativos, a exemplo da Índia, África, Austrália e Nordeste brasileiro.
Confira a programação completa
Sexta-feira (26)
Orquestra de Violões
Banda Aguaúna
Sábado (27)
Banda 5 de Agosto
Léo Meira
Domingo (28)
Paraibass
Grupo Uirapuru
Vinicius Lucena
Segunda-feira (29)
Grupo de Percussão do Nordeste
Grupo Oitavando
Terça-feira (30)
Camerata Arte Mulher
Grupo Tarancon