Orquestra Sinfônica Municipal lota auditório do TCE em homenagem a Villa Lobos

Por Andrezza Carla - em 1180

Quem optou por um sábado à noite com boa música, procurou o auditório Celso Furtado, do Centro Cultural Ariano Suassuna, no anexo do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em Jaguaribe. A Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa (OSMJP) deu início neste sábado (11) a sua temporada de concertos 2017 com uma belíssima homenagem aos 130 anos de Heitor Villa Lobos. Mais de 400 pessoas lotaram o local e assistiram a regência do maestro Laércio Diniz. A apresentação contou com a participação especial do solista pernambucano Clóvis Pereira Filho no violino.

Roseane Albuquerque Ribeiro fez questão de levar a filha Rikelly, de apenas seis anos de idade, para prestigiar o trabalho da OSMJP. “Sempre gostei de música e estou trabalhando para educá-la para os sons musicais. A iniciativa de promover concertos gratuitos num espaço como esse é louvável, porque nos traz uma opção de lazer com qualidade para as nossas crianças”, comenta.

Para o maestro Laércio Diniz, homenagear Heitor Villa Lobos é uma honra e a apresentação da orquestra foi fruto do trabalho do compositor mais importante do Nordeste. “Expomos uma obra trabalhada em cima de uma peça de Villa Lobos feita por Clóvis Pereira, que é referência no Brasil hoje e ícone da música em nossa região”, diz.

Um dos pontos altos da noite foi a estreia da versão orquestral escrita pelo pai do solista Clóvis Pereira Filho, que tem mais de 60 anos de carreira. O músico pernambucano se debruçou sob as partituras de Villa Lobos e fez questão de conferir o resultado do seu trabalho de perto. “Se trata de uma obra concebida por um verdadeiro gênio, feita para se tocar em piano e violino. Ao receber o convite do maestro Laércio para trabalhar nessa obra de arte, me senti extremamente honrado e prestigiado. Tinha que vir conferir de perto o resultado final disso tudo”, pontuou Clóvis Pereira em seu discurso.

O solista Clóvis Pereira Filho, filho do compositor, fez parte da apresentação no violino e, para ele, essa participação foi uma honra, mas ao mesmo tempo um desafio. “Foi na verdade uma responsabilidade muito grande, afinal pegamos uma peça de Villa Lobos de 1912 e fizemos a sua orquestração, mas o resultado ficou gratificante”, afirmou.