Palestra-debate é destaque na programação do ‘Augusto das Letras’

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O poeta Augusto dos Anjos tinha como principal característica a capacidade de unir morbidez e amor em suas poesias. No centenário livro “Eu”, o paraibano pretensiosamente deixou claro seu fascínio pela morte através de versos que continham métricas rígidas, cadência musical e rimas preciosas. Para entender mais a fundo sobre os sentimentos e obra do poeta, o “Augusto das Letras” realiza nesta segunda-feira (27) uma palestra-debate.

O evento realizado pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) contará com a participação de Antônio Carlos Secchin discutindo sobre “Amor e Morbidez em Augusto dos Anjos”, a partir das 17h. A mediação ficará por conta do poeta campinense Bruno Galdêncio e do jornalista Carlos Aranha. A programação será realizada na Academia Paraibana de Letras, localizada na Rua Duque de Caxias, Centro.

A partir das 20h, na Casa de Musicultura, no Centro Histórico da Capital, serão exibidos filmes sobre Augusto dos Anjos. Em seguida haverá um recital poético promovido por membros do Núcleo Literário Caixa Baixa.

Agosto das Letras – O evento faz parte do calendário fixo da Funjope e teve sua primeira edição no ano de 2007, quando homenageou o escritor paraibano Ariano Suassuna. O projeto literário inclui oficinas, exibição de filmes, mesas-redondas, lançamento de livros e shows musicais, que acontecem no mês de agosto durante três dias, com exceção deste ano.

O objetivo do projeto é aproximar editores, produtores, autores e leitores com base no lúdico, o pedagógico e a política editorial. O ‘Agosto das Letras’ já reuniu grandes nomes da literatura brasileira em João Pessoa, a exemplo da poetiza Alice Ruiz.

Augusto dos Anjos – Considerado um dos poetas brasileiros mais originais, Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no Engenho Pau d’Arco em 20 de abril de 1884. Fez a escola secundária em João Pessoa, se formando no curso de Direito em Recife (PE). Seu único livro, “Eu”, foi publicado em junho de 1912. No ano seguinte, ele se mudou para a cidade de Leopoldina (MG), onde morreu com pneumonia em 12 de novembro de 1914.

O poeta Augusto dos Anjos é um dos mais lidos do país, famoso por sua originalidade temática na fase que antecedeu o modernismo. De início, tanto a crítica quanto o público ignorou o livro “Eu”, que só alcançou novas edições devido ao empenho de Órris Soares, amigo e biógrafo do autor.

 

Serviço

Dia 27/08 (Segunda-feira)

17h: Palestra-Debate “Amor e Morbidez em Augusto dos Anjos” com Antônio Carlos Secchin

Mediadores: Bruno Galdêncio e Carlos Aranha

Local: Academia Paraibana de Letras

20h: Apresentação de filmes sobre Augusto dos Anjos

21h: Recital Poético “Caixa Baixa”

Local: Casa de Musicultura (Varadouro)